Na noite de sexta-feira, 23 de agosto de 2024, Nilton Carlos Araújo, de 69 anos, morreu em Belo Horizonte após complicações em seu tratamento contra um câncer de medula óssea. A família do paciente alega que o agravamento de sua saúde foi provocado por um suposto erro médico, quando ele teria recebido quatro doses de quimioterapia de uma só vez, quantidade destinada a ser aplicada durante todo o mês de tratamento.
O caso ocorreu no hospital da MedSênior, localizado no bairro Gutierrez, na região Centro-Sul da capital mineira. Após a administração da medicação, Nilton Araújo passou mal, sendo transferido para uma unidade hospitalar de referência. Mesmo com o suporte médico emergencial, ele não resistiu e veio a óbito poucos dias depois.
Segundo relato da filha do paciente, o enfermeiro teria aplicado uma dose muito superior ao que estava prescrito para a sessão. A filha ainda destacou que o pai estava bem antes do ocorrido e que sua piora repentina não foi consequência natural da doença, mas sim um erro humano. Ela lamenta profundamente o que aconteceu, especialmente pelo fato de que seu pai entrou em coma induzido e passou os últimos dias de vida em estado grave, com a ajuda de aparelhos.
A Polícia Civil está investigando o caso para apurar se houve realmente erro médico e se essa falha foi determinante para o agravamento do quadro de saúde do paciente. A família registrou um boletim de ocorrência, no qual é relatado o possível equívoco durante o tratamento com quimioterapia.
A MedSênior, em nota oficial, manifestou pesar pela morte de Nilton Araújo e garantiu que está conduzindo uma investigação detalhada para entender o que aconteceu. A empresa também assegurou que o paciente recebeu toda a assistência clínica necessária logo após a reação adversa à quimioterapia. A transferência para um hospital especializado foi feita imediatamente após o agravamento de seu quadro clínico, e todos os esforços foram direcionados para salvar sua vida.
A morte de Nilton Araújo levanta questionamentos sobre os protocolos de segurança na administração de medicamentos em tratamentos críticos, como o de quimioterapia. O episódio, que deixou a família consternada, também acendeu um alerta para a importância da fiscalização e do cumprimento rigoroso dos procedimentos médicos, a fim de evitar que novos casos ocorram.
A investigação segue em andamento, e tanto a MedSênior quanto a Polícia Civil buscam esclarecer todos os detalhes desse trágico episódio, que já mobiliza a comunidade médica e os órgãos competentes de Belo Horizonte. A expectativa é que, ao final do inquérito, sejam identificadas as responsabilidades e, se necessário, aplicadas as devidas punições.
Fonte: UOL.