São Paulo

Polícia identifica suspeito pela morte de estudante da USP desaparecida ao voltar para casa em Itaquera, São Paulo

Bruna Oliveira, mestranda da USP e mãe de um menino, desapareceu após sair da estação Corinthians-Itaquera à noite. Seu corpo foi achado cinco dias depois com sinais de agressão. A polícia já identificou o suspeito e segue com diligências para capturá-lo.
Publicado em São Paulo dia 22/04/2025 por Alan Corrêa

A estudante da USP Bruna Oliveira, de 28 anos, desapareceu em um trajeto aparentemente comum: o retorno para casa após um fim de semana na residência do namorado. O percurso entre o Butantã, na Zona Oeste, e sua casa na Zona Leste de São Paulo virou palco de um crime que comoveu a cidade.

Bruna foi deixada na estação de metrô pelo namorado, que sugeriu levá-la de moto, mas a forte chuva fez com que ela optasse pelo transporte público. Ao desembarcar na estação Corinthians-Itaquera, enviou mensagens dizendo que estava com pouca bateria e havia perdido o ônibus. Ele, então, transferiu dinheiro para que ela pegasse um carro por aplicativo.

Câmeras de segurança mostram que ela saiu da estação a pé. Depois disso, não houve mais contato. O namorado tentou procurá-la no terminal de ônibus, mas não obteve informações. Familiares e amigos iniciaram buscas e mobilização nas redes sociais.

Cinco dias depois, o corpo da jovem foi encontrado em um estacionamento na Avenida Miguel Ignácio Curi, ainda na Zona Leste. Ela vestia apenas roupas íntimas e apresentava sinais de agressão. A notícia causou grande comoção entre os colegas da USP e em movimentos sociais dos quais ela fazia parte.

Bruna era graduada em Turismo e cursava mestrado em Mudança Social e Participação Política pela EACH-USP. Também era mãe de um menino de sete anos e bastante atuante em pautas sociais. Sua trajetória acadêmica e militante ampliou o impacto da tragédia.

Na tarde de 22 de abril, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo confirmou que o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) já identificou o autor do crime. A identidade do suspeito não foi revelada, mas diligências estão em andamento para sua prisão.

O caso acende novamente o alerta sobre os riscos enfrentados por mulheres nos deslocamentos urbanos. Bruna não é apenas mais um nome em uma estatística: sua história expõe as falhas de segurança e a urgência de ações efetivas contra a violência de gênero.

Fonte: G1 e Terra.