Em uma recente declaração ao Jornal Fala Regional, uma moradora de Caieiras reportou um aparente deslize no sistema de rodízio de farmácias da cidade, que a levou a buscar atendimento em município vizinho no último domingo.
Segundo a leitora, ao necessitar de serviços farmacêuticos urgentes, encontrou-se com todas as farmácias locais fechadas, contrariando as expectativas geradas pelas normativas que regem o funcionamento desses estabelecimentos.
As diretrizes para o funcionamento de farmácias no Brasil são amplamente delineadas pela RDC 44/2009 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), que institui as Boas Práticas Farmacêuticas. Embora essa resolução não especifique horários de funcionamento, ela enfatiza a importância do acesso contínuo aos medicamentos pela população, o que implica a necessidade de sistemas de plantão ou rodízio em locais onde o acesso pode ser limitado fora do horário comercial.
Complementarmente, leis estaduais e municipais podem estipular regras adicionais para assegurar esse acesso. No estado de São Paulo, e especificamente no município de Caieiras, espera-se que tais normas garantam a disponibilidade de pelo menos uma farmácia durante períodos não comerciais, incluindo noites, fins de semana e feriados, através de um sistema de rodízio gerido pela autoridade de saúde local.
A denúncia da leitora aponta para uma potencial falha neste sistema, levantando questões sobre a eficácia e a fiscalização do cumprimento dessas normativas municipais. Em resposta à situação relatada, a equipe do Jornal Fala Regional buscou esclarecimentos da Câmara Municipal de Caieiras, entrando em contato direto com o presidente da Câmara. No entanto, até o momento do fechamento desta matéria, não houve retorno.
Este incidente destaca a importância de uma revisão e possíveis ajustes no sistema de rodízio de farmácias em Caieiras, para assegurar que a população tenha o acesso garantido aos serviços farmacêuticos essenciais, especialmente em períodos críticos. A falta de disponibilidade de farmácias em plantão não apenas contraria as diretrizes da ANVISA e as leis locais, mas também pode representar um risco significativo à saúde pública, sublinhando a necessidade de ações imediatas para corrigir possíveis lacunas no sistema vigente.