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Perguntas que os EUA querem Resposta Sobre o Atentado contra Trump

Após o atentado contra o ex-presidente Donald Trump durante um comício, surgem dúvidas sobre a eficácia das medidas de segurança adotadas pelo Serviço Secreto dos EUA. Investigações revelam falhas na proteção do local e na resposta às ameaças, levantando questões sobre a coordenação e os recursos utilizados.
Publicado em Internacional dia 16/07/2024 por Alan Corrêa

Após o ataque ao comício do ex-presidente Donald Trump no sábado (13), diversas questões surgiram para o Serviço Secreto dos Estados Unidos responder. Trump ficou ferido e um espectador foi morto no ataque de Thomas Matthew Crooks, na Pensilvânia. O incidente levanta dúvidas sobre a eficácia das medidas de segurança adotadas pelo Serviço Secreto, cuja função inclui a proteção do presidente, vice-presidente e ex-presidentes do país. A investigação do incidente está a cargo do FBI.

Uma das principais dúvidas gira em torno da falta de proteção adequada no telhado de onde Crooks efetuou os disparos. Fontes indicam que o telhado era uma vulnerabilidade conhecida, mas não foi devidamente monitorado. Essa falha permitiu que o atirador tivesse uma linha de visão direta para o local do comício, o que poderia ter sido evitado com medidas de bloqueio visual.

A resposta dos agentes no momento do ataque também está sob análise. Embora os agentes tenham formado rapidamente um escudo ao redor de Trump após os disparos, houve uma pausa enquanto o ex-presidente pedia para pegar seus sapatos. Especialistas questionam se essa demora comprometeu a segurança de Trump, sugerindo que a prioridade deveria ter sido retirar o ex-presidente imediatamente para um local seguro.

Essas questões refletem a complexidade e os desafios enfrentados pelo Serviço Secreto ao proteger figuras públicas em eventos de alto risco. As respostas às perguntas levantadas pelo atentado serão cruciais para aprimorar as medidas de segurança e evitar futuros incidentes. O depoimento da chefe do Serviço Secreto, Kimberly Cheatle, em um comitê da Câmara dos EUA, será um passo importante na busca por respostas e soluções.

Proteção Inadequada do Telhado

Uma das questões principais é por que o telhado de onde o atirador disparou não foi protegido com antecedência. Crooks conseguiu acesso ao telhado de um prédio próximo ao comício, a pouco mais de 130 metros de Trump. Segundo fontes familiarizadas com as operações do Serviço Secreto, o telhado era uma vulnerabilidade conhecida antes do evento.

A falta de proteção adequada no telhado permitiu que o atirador tivesse uma linha de visão direta para a área onde estava Trump. Especialistas sugerem que a linha de visão do telhado para o local do comício deveria ter sido bloqueada para evitar um ataque.

Alertas sobre o Atirador

Testemunhas oculares relataram que avistaram Crooks rastejando pelo telhado com um rifle. Eles alertaram a polícia, mas o suspeito continuou se movendo por vários minutos antes de disparar os tiros e ser morto. Esse fato levanta dúvidas sobre a eficácia da comunicação entre as testemunhas, a polícia e os agentes que protegiam Trump.

O atirador já estava no radar das autoridades, sendo considerado suspeito perto dos magnetômetros do evento. No entanto, não está claro se essas informações foram adequadamente repassadas ao Serviço Secreto.

Dependência da Polícia Local

O ataque foi realizado a partir de uma área patrulhada pela polícia local e estadual, não pelo Serviço Secreto. Esse tipo de arranjo só é eficaz quando há um plano claro sobre como proceder diante de uma ameaça. A falta de coordenação pode ter contribuído para o incidente.

Ex-agentes do Serviço Secreto afirmam que, ao depender de parceiros locais, é essencial ter um planejamento detalhado e comunicação eficiente. A falha na atuação conjunta entre as forças de segurança pode ter resultado na incapacidade de impedir o ataque.

Recursos de Segurança Adequados

A alocação de recursos de segurança também está em questão. Um ex-chefe do Comitê de Supervisão e Responsabilidade da Câmara dos Representantes sugeriu que o Serviço Secreto estava sobrecarregado, resultando em uma segurança insuficiente no comício de Trump. A negação do pedido da equipe de Trump para reforçar a segurança é outro ponto de preocupação.

O Serviço Secreto negou que tenha recusado pedidos de reforço de segurança. No entanto, mensagens revelam que ex-membros da equipe questionaram como o suspeito conseguiu levar uma arma para tão perto de Trump. A resposta foi a falta de recursos.

Resposta Rápida ao Incidente

A rapidez com que Trump foi retirado do palco também está sob escrutínio. Agentes formaram rapidamente um escudo ao redor do ex-presidente após os tiros, mas houve uma pausa enquanto Trump pedia para pegar seus sapatos. Alguns especialistas questionam se os agentes deveriam ter agido mais rapidamente para levar Trump a um local seguro.

O ex-presidente continuou cumprimentando seus apoiadores, o que pode ter atrasado a retirada. Um veterano do Serviço Secreto afirmou que teria agido imediatamente para retirar Trump da área de perigo.

Questões críticas

O atentado contra Donald Trump levanta questões críticas sobre a eficácia das medidas de segurança do Serviço Secreto. A falta de proteção adequada do telhado, a comunicação falha sobre os alertas do atirador, a dependência da polícia local, a alocação de recursos de segurança e a rapidez na resposta ao incidente são pontos que precisam ser investigados. As respostas a essas perguntas serão essenciais para evitar futuros incidentes semelhantes e garantir a segurança de figuras públicas.

Fonte: G1.