Jundiaí

Ossadas na Anhanguera levantam suspeita de ligação com desaparecimento em Jundiaí

Durante serviço de manutenção na Via Anhanguera, funcionários localizaram ossadas possivelmente ligadas ao desaparecimento de Ana Lúcia Sousa, visto pela última vez em maio. A Polícia Rodoviária e a equipe da delegada Ingrid Hannah Carneiro Schossler atenderam ao caso, recolhendo o material para análise do IML de Jundiaí, que fará exames de DNA. A descoberta reacende a atenção sobre outros achados recentes na região.
Publicado em Jundiaí dia 9/08/2025 por Alan Corrêa

Na tarde desta segunda-feira (28), um grupo de trabalhadores de uma empresa contratada pela CCR AutoBAn realizava a roçagem do mato às margens da Via Anhanguera, no Km 49,5, em Jundiaí, quando se deparou com um achado perturbador: ossadas humanas parcialmente encobertas pela vegetação densa.

Pontos Principais:

  • Trabalhadores encontraram ossadas no Km 49,5 da Via Anhanguera, em Jundiaí.
  • Material pode ser de Ana Lúcia Sousa, desaparecida desde maio deste ano.
  • Polícia Rodoviária e delegada Ingrid Hannah Carneiro Schossler atenderam a ocorrência.
  • Ossos foram encaminhados ao IML de Jundiaí para exames de DNA.
  • Descoberta ocorre semanas após achado de outras ossadas femininas na região.

O local, situado no bairro Jardim Santa Gertrudes, rapidamente se transformou em ponto de atenção policial. A suspeita inicial é de que os restos mortais possam ser de Ana Lúcia Sousa, desaparecida desde o dia 24 de maio deste ano. O caso ganhou repercussão à época, após a divulgação do sumiço pela imprensa regional.

Segundo familiares, Ana Lúcia havia dito que sairia para uma caminhada breve e retornaria em pouco tempo. A promessa de um passeio simples se converteu em meses de buscas infrutíferas, envolvendo varreduras em áreas de difícil acesso, consultas a registros hospitalares e checagem de possíveis avistamentos.

A descoberta desta segunda-feira interrompeu a rotina de manutenção rodoviária. Assim que encontraram os ossos, os trabalhadores comunicaram seus superiores, que acionaram a Polícia Rodoviária. Pouco depois, a delegada Ingrid Hannah Carneiro Schossler e sua equipe chegaram ao local para coordenar as primeiras medidas investigativas.

O perímetro foi isolado para permitir a atuação da perícia. Técnicos analisaram a posição e o estado dos ossos antes de autorizar a remoção para o Instituto Médico Legal (IML) de Jundiaí. Segundo a delegada, amostras serão colhidas para exame de DNA, procedimento fundamental para confirmar ou descartar a relação com o caso de Ana Lúcia.

O IML poderá, ainda, recorrer ao Instituto de Antropologia da capital, especializado em análises complexas de restos mortais. Esse mesmo órgão participou recentemente da identificação das vítimas de um acidente aéreo em Vinhedo, com taxa de acerto de 100% nas comparações genéticas com amostras familiares.

A localização das ossadas acontece em um contexto de outras descobertas similares na região. Há poucas semanas, restos mortais de outra mulher foram encontrados em um loteamento na Estrada da Bragantina. Na ocasião, o material também foi encaminhado para exame especializado em São Paulo.

Apesar das coincidências, a polícia trata os casos de forma independente até que os laudos técnicos apontem conexões concretas. As investigações consideram variáveis como local de desaparecimento, características físicas e estimativa de tempo de morte.

A expectativa é que os resultados dos exames de DNA sejam concluídos nos próximos dias, oferecendo respostas definitivas à família e direcionando o rumo das apurações. Até lá, a área da Anhanguera onde as ossadas foram encontradas segue sob atenção das autoridades, que avaliam a necessidade de novas buscas no entorno.

Enquanto isso, familiares de Ana Lúcia aguardam em silêncio, acompanhando de perto o trabalho da polícia e nutrindo a esperança de que, finalmente, possam ter uma resposta para o mistério que se arrasta há mais de dois meses.