NASA planeja desorbitar a Estação Espacial Internacional até 2031, com auxílio da SpaceX de Elon Musk
O plano para desorbitar a ISS inclui um controle rigoroso para evitar danos ambientais e minimizar impactos em áreas habitadas. A NASA assinou um contrato de US$ 843 milhões com a SpaceX, que desenvolverá o Veículo de Desorbitação dos EUA (USDV). Esse sistema controlará a reentrada da estação, direcionando-a para uma região remota no oceano.
Especialistas indicam que a massa da estação, de cerca de 450 toneladas, pode gerar preocupações durante a reentrada. Há possibilidade de liberação de substâncias que podem impactar a atmosfera superior, principalmente a camada de ozônio. Estudos apontam que a poluição oceânica gerada por essa operação será menor do que a de navios afundados e outros resíduos industriais.
A SpaceX será responsável pelo design e execução da reentrada, enquanto a NASA supervisionará a operação. A estação será conduzida a uma trajetória segura, onde se desintegrará ao entrar na atmosfera. Fragmentos remanescentes devem cair no Oceano Pacífico, reduzindo o risco de danos em áreas povoadas.
A experiência prévia da Rússia na desorbitação da estação Mir em 2001 demonstra que o controle da operação é essencial para evitar incidentes. Na ocasião, a estação foi guiada para uma reentrada controlada, com destroços caindo em uma área remota no oceano.
Pesquisadores recomendam estudos mais aprofundados sobre os impactos atmosféricos das reentradas espaciais. Com o aumento das operações espaciais, é fundamental considerar formas de reduzir possíveis danos ambientais. A Convenção de Londres, que regulamenta o descarte de resíduos nos oceanos, pode servir como base para futuras regulamentações.
Alternativas como o desmonte da estação ou sua transferência para uma órbita mais alta foram analisadas, mas apresentam desafios técnicos e custos elevados. A colaboração internacional entre agências espaciais é vista como uma estratégia essencial para lidar com esses desafios de forma eficiente.
A desorbitação da ISS marca o encerramento de uma era de avanços científicos no espaço, mas abre discussões importantes sobre os impactos ambientais e os caminhos para novas missões espaciais.
Fonte: OlharDigital e Metro.