Silvana Santos, uma catarinense de 36 anos, viveu um pesadelo em 2023 ao ser diagnosticada com uma infecção urinária que evoluiu para sepse, levando à falência de seus rins e fígado. O tratamento para estabilizar sua condição envolveu a administração de noradrenalina, uma medicação crucial que ajudou a salvar sua vida, mas que, infelizmente, resultou na necrose de suas pernas e mãos.
Inicialmente diagnosticada com cálculo renal e infecção urinária, Silvana começou a sentir dores intensas e foi ao hospital, onde recebeu medicamentos para aliviar os sintomas. No entanto, a dor continuou e, já com sinais de sepse, ela voltou ao hospital em estado crítico. Foi intubada e colocada em coma induzido. Naquele momento, sua família foi informada de que ela tinha poucas horas de vida.
A família decidiu não desligar os aparelhos, e Silvana foi transferida para um hospital em Blumenau, onde passou por uma cirurgia para desobstruir seu canal urinário. Durante o período em coma, Silvana recebeu noradrenalina para manter a pressão arterial e os órgãos vitais funcionando, mas essa medicação, ao restringir o fluxo sanguíneo para as extremidades, levou à deterioração dos tecidos de suas pernas e mãos.
Após 12 dias em coma e outros 20 na UTI, Silvana acordou e foi informada de que as amputações seriam inevitáveis. O diagnóstico foi devastador: seus pés estavam em estado avançado de necrose e a infecção havia se espalhado para as mãos. Em maio de 2023, suas pernas foram amputadas até a altura dos joelhos, seguidas pelas mãos. Durante o processo de recuperação, ainda houve uma tentativa de regenerar a palma da mão esquerda com um enxerto, mas uma nova infecção levou à amputação completa.
Apesar das amputações, Silvana não se deixou abater. Após um período de adaptação, ela decidiu focar em sua reabilitação e encontrou no esporte uma forma de se reinventar. Hoje, ela está se destacando como atleta no paradesporto de Gaspar e dá palestras motivacionais para inspirar outras pessoas que enfrentam desafios semelhantes. Além disso, ela está em busca de recursos para adquirir próteses com joelho, essenciais para sua mobilidade, já que os custos elevados dificultam o acesso a essas tecnologias.
Mesmo após tantas adversidades, Silvana compartilha sua gratidão pela nova oportunidade de vida que recebeu. Ela considera essa fase como uma oportunidade para fazer coisas que antes não conseguia e encarar a vida de uma maneira diferente. A empresária vive com seus pais e suas três filhas, e usa sua história para oferecer apoio a pessoas que passam por situações difíceis. Em suas palestras, Silvana compartilha sua jornada de superação, mostrando que é possível enfrentar os maiores desafios com força e determinação.
Fonte: UOL.