Familiares denunciam negligência e descaso no atendimento de uma mulher, que enfrentou uma longa jornada por hospitais até seu falecimento. Por Bia Ludymila (MTB 0081969/SP).
Uma moradora de Caieiras, faleceu após esperar 20 dias por diagnóstico e tratamento na rede pública de saúde. Familiares denunciam negligência e descaso durante a busca por atendimento adequado. A história expõe falhas no sistema de saúde e levanta questões sobre a qualidade dos serviços prestados.
No início do mês, a moradora de Caieiras, buscou atendimento médico na rede pública de saúde do município devido a problemas de saúde. O diagnóstico inicial foi de mioma, um tumor benigno no útero, mas havia suspeita de um tumor maligno. Uma biópsia foi solicitada para confirmar a natureza do tumor.
Devido à necessidade de uma biópsia e considerando seus distúrbios mentais, foi transferida para o Hospital Estadual Dr. Albano, em Franco da Rocha. No entanto, ao chegar lá, a família foi informada de que o hospital não possuía atendimento especializado em ginecologia.
Em seguida, ela foi transferida para o Hospital Estadual de Francisco Morato (HEFM – Lacaz). Entretanto, o hospital não pôde realizar o atendimento por falta da biópsia previamente solicitada. A família continuou buscando atendimento para a paciente, que já apresentava um quadro de pneumonia.
A busca por atendimento continuou na Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, onde, segundo relatos da família, a paciente nem sequer foi retirada da ambulância para avaliação. A situação agravou-se, e a paciente foi devolvida para Caieiras, onde foi internada na Ala de Internação do Pronto Socorro Municipal.
Infelizmente, ela faleceu no sábado, dia 18. A família da vitima expressou seu desespero e indignação. “Nos sentimos num jogo de empurra-empurra, um descaso”, relatou um familiar. Outro familiar mencionou que as equipes de Caieiras fizeram o possível com a estrutura disponível.
A tragédia de desta mulher destaca problemas significativos na gestão e eficiência do sistema de saúde pública. A falta de coordenação entre os hospitais e a longa espera por diagnóstico e tratamento resultaram em um desenlace fatal que poderia ter sido evitado. A história de não é isolada; muitas pessoas enfrentam dificuldades semelhantes na busca por atendimento médico adequado.
É necessário que as autoridades de saúde avaliem urgentemente essas falhas e tomem medidas para melhorar a eficiência do sistema de saúde pública. A implementação de protocolos claros e a garantia de que os pacientes recebam atendimento adequado e em tempo hábil são essenciais para evitar tragédias futuras.
O caso desta paciente expõe as falhas do sistema de saúde pública e a necessidade urgente de melhorias. A família da vitima enfrenta a dor da perda, enquanto a comunidade e as autoridades devem refletir sobre como evitar que outras famílias passem por situações semelhantes. A qualidade do atendimento médico é uma questão de vida ou morte, e ações concretas são necessárias para garantir que todos recebam o cuidado que merecem.