Saúde e Bem-Estar

Mulher morre após anestesia mal aplicada em cirurgia feita por falso médico nos EUA

Colombiana não resiste após passar por procedimento estético clandestino nos Estados Unidos. Autor foi preso ao tentar fugir e pode ser acusado formalmente por homicídio.
Publicado em Saúde e Bem-Estar dia 20/04/2025 por Alan Corrêa

Maria Peñaloza Cabrera morreu dias após ser submetida a um procedimento estético em Queens, Nova York, conduzido por um homem que se apresentava como médico, mas não tinha formação ou autorização legal. A cirurgia realizada de forma clandestina visava remover implantes nos glúteos. Durante o procedimento, foi utilizada lidocaína, substância anestésica que causou uma parada cardíaca.

A paciente foi levada a um hospital da região e permaneceu intubada, com suporte de aparelhos, mas os médicos confirmaram a ausência de atividade cerebral. Segundo familiares, os equipamentos foram desligados em 11 de abril, após dias sem expectativa de recuperação. A morte está sendo analisada pelo Ministério Público do distrito de Queens, que pode revisar a tipificação penal atribuída ao autor.

Felipe Hoyos-Foronda, de 38 anos, foi detido no Aeroporto Internacional John F. Kennedy enquanto tentava fugir dos Estados Unidos com destino à Colômbia. Ele já foi formalmente acusado por agressão de segundo grau e exercício ilegal da medicina. Com a morte de Maria, as autoridades avaliam a possibilidade de indiciá-lo por crime doloso mais grave.

As investigações mostram que Hoyos-Foronda divulgava serviços estéticos de forma aberta nas redes sociais. O perfil mais ativo era no TikTok, onde ele promovia aplicações de botox e intervenções cirúrgicas. Após sua prisão, todas as contas foram retiradas do ar. A polícia também busca identificar outras possíveis vítimas dos procedimentos irregulares.

A vítima, Maria Peñaloza Cabrera, era natural da Colômbia e mãe de duas crianças. A família iniciou uma campanha de arrecadação online, que superou os 6 mil dólares, com objetivo de viabilizar o deslocamento de parentes a Nova York e garantir os trâmites legais para o retorno do corpo. A mobilização recebeu apoio de imigrantes e amigos da vítima.

O caso levantou preocupações sobre a fiscalização de práticas estéticas nos Estados Unidos, especialmente em relação à atuação clandestina de indivíduos que utilizam plataformas digitais para oferecer serviços sem credenciais médicas. As autoridades pedem que vítimas de casos semelhantes denunciem os responsáveis.

Fonte: Noticiasaominuto e iG.