A Cracolândia, uma região notória pelo uso e venda de drogas, tornou-se o foco da operação “Salus et Dignitas”, realizada por autoridades em São Paulo. O objetivo é desmantelar uma rede criminosa composta por milicianos e traficantes que operam no centro da cidade. Entre os alvos da operação estão três guardas-civis metropolitanos e um ex-agente suspeitos de extorquirem comerciantes locais em um esquema de milícia.
Além dos guardas, dois traficantes são investigados por participarem do comércio ilegal de armas na área. A operação mobiliza diferentes forças de segurança, incluindo o Ministério Público, a Polícia Militar, a Polícia Civil, e a Polícia Federal. O esforço coordenado visa também bloquear bens e interditar atividades comerciais ligadas ao crime organizado na região, com 117 mandados de busca e apreensão em andamento.
A operação revela um complexo “ecossistema” de atividades ilegais na Cracolândia, que inclui tráfico de drogas, extorsão, e exploração sexual. As autoridades destacam a exploração de pessoas em situações vulneráveis, como dependentes químicos, que são forçados a realizar atividades ilegais em troca de drogas.
Durante a operação, foi preso um dos chefes do tráfico da região, conhecido como “Léo do Moinho”, associado ao Primeiro Comando da Capital (PCC). As forças de segurança têm atuado para lacrar imóveis usados pelo crime organizado e prevenir a continuidade dessas atividades.
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, acompanhou a operação, enquanto o prefeito Ricardo Nunes não se pronunciou até o momento. A operação visa devolver a segurança e a dignidade ao centro de São Paulo, atacando as bases do crime organizado que afeta não só a Cracolândia, mas diversas outras áreas do centro da cidade.
Com a participação de uma equipe multidisciplinar, a operação busca não apenas reprimir, mas também entender e desarticular a logística do crime organizado na região, promovendo um ambiente mais seguro e digno para os moradores e frequentadores do centro de São Paulo.
Fonte: G1.