Ministério da Saúde registra 53 casos de febre maculosa e oito mortes

De acordo com o ministério, os casos de febre maculosa têm surgido de forma esporádica no geral. A transmissão da doença ocorre exclusivamente por meio do contato com carrapatos-estrela infectados pela bactéria do gênero Rickettsia, não havendo transmissão de pessoa para pessoa. O ministério alerta para a importância de um tratamento oportuno, a fim de evitar complicações graves e mortes.
Publicado em Saúde e Bem-Estar dia 14/06/2023 por Alan Corrêa

O Ministério da Saúde divulgou uma atualização sobre a situação da febre maculosa no país, informando que já são 53 casos confirmados da doença neste ano, com o registro de oito óbitos.

Todos os falecimentos ocorreram na Região Sudeste, sendo seis em São Paulo, um em Minas Gerais e um no Rio de Janeiro. Quanto à distribuição dos casos, a maioria está concentrada nas regiões Sudeste, com 30 ocorrências, e Sul, com 17 casos.

De acordo com o ministério, os casos de febre maculosa têm surgido de forma esporádica no geral. A transmissão da doença ocorre exclusivamente por meio do contato com carrapatos-estrela infectados pela bactéria do gênero Rickettsia, não havendo transmissão de pessoa para pessoa. O ministério alerta para a importância de um tratamento oportuno, a fim de evitar complicações graves e mortes.

A pasta orienta que os pacientes, ao apresentarem os primeiros sintomas, busquem as unidades de saúde para avaliação médica e tratamento disponibilizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Além disso, o ministério informa que tem realizado capacitações recorrentes direcionadas às vigilâncias estaduais e municipais, envolvendo profissionais da vigilância e da atenção à saúde.

Em comunicado, o ministério afirma que está sendo utilizado um medicamento antimicrobiano para o tratamento da febre maculosa e que todos os estados do país estão abastecidos com os remédios prioritários para o combate à doença, incluindo São Paulo. A nota ressalta ainda que há um estoque estratégico disponível para envio de novas remessas aos estados que necessitarem.

Em relação ao surto de febre maculosa em Campinas, no interior de São Paulo, o ministério informa que mantém contato com o estado para acompanhar as ações de vigilância e assistência. Segundo a pasta, o município é considerado uma área endêmica e o período sazonal para a doença vai de maio a setembro.

Para as áreas consideradas de risco, o ministério recomenda o uso de roupas que cubram todo o corpo, dando prioridade a calças, blusas ou camisetas com mangas compridas e sapatos fechados. Além disso, é indicado o uso de roupas de cores claras, facilitando a detecção de carrapatos no corpo.

“Avalie o corpo regularmente, pois quanto mais rápido os carrapatos forem removidos, menores serão as chances de infecção. Caso um animal esteja infestado de carrapatos, procure orientação de um médico veterinário”, ressalta o comunicado.

Febre Maculosa: doença infecciosa transmitida por carrapatos

A febre maculosa é uma doença infecciosa potencialmente mortal, frequentemente causada pela picada de carrapatos infectados com bactérias da família Rickettsia. Ela apresenta sintomas como febre, dor de cabeça e dores musculares, além de erupções cutâneas caracterizadas por manchas escuras ou crostas no local da picada. O tratamento imediato com antibióticos tem mostrado resultados positivos no combate a essa doença.

A febre maculosa é considerada muito rara, com menos de 15 mil casos registrados por ano no Brasil. É fundamental procurar assistência médica para receber o diagnóstico adequado, pois muitas vezes são necessários exames laboratoriais ou de imagem para confirmar a doença. A propagação ocorre principalmente por meio de picadas de carrapatos ou mordidas de insetos.

Embora a febre maculosa possa se resolver em dias ou semanas no curto prazo, em casos mais graves, o atendimento de emergência é fundamental. É importante ressaltar que as informações fornecidas têm apenas caráter informativo, sendo imprescindível consultar um médico de confiança para obter orientações adequadas.

Com informações de Hospital Israelita Albert Einstein e Agência Brasil.