Moradores da Av. Victor Siaulys, em Mairiporã, denunciaram que uma chácara localizada na altura do número 219 vem promovendo festas com som alto nas madrugadas. Segundo os registros enviados à redação, o caso se repete há pelo menos três fins de semana, sempre acompanhado de ruídos intensos e do uso de paredões de som. O novo episódio ocorreu entre a noite de 8 e a madrugada de 9 de novembro de 2025, levando os vizinhos a acionar novamente a Guarda Civil Municipal (GCM).
Pontos Principais:
As denúncias foram formalizadas com o protocolo nº 3819/2025, após tentativas frustradas de registrar chamadas anteriores. Um dos moradores relatou que, em outras ocasiões, o atendimento teria sido negado com a justificativa de que “já havia chamados ativos”, o que impediu o registro. O contato mais recente foi feito na madrugada do domingo, reforçando o cansaço dos vizinhos com a reincidência.
As mensagens compartilhadas à reportagem mostram que a GCM compareceu ao local durante a madrugada, mas, logo após a saída da viatura, o som teria retornado. “A GCM veio de madrugada, logo depois eles aumentaram o som de novo. Agora está tocando também bem alto”, diz o relato. O conteúdo reforça o sentimento de impunidade e a percepção de que as medidas adotadas até o momento não têm sido suficientes para cessar o incômodo.
O endereço indicado nas denúncias corresponde a um trecho da Av. Victor Siaulys caracterizado por chácaras residenciais. As provas incluem a geolocalização exata e uma foto do portão azul, visivelmente identificado na entrada do imóvel. A imagem, tirada de dentro de um carro, reforça a cautela dos denunciantes, que preferem preservar suas identidades por medo de retaliação.
Os vizinhos relatam ainda o uso de estruturas sonoras potentes. “Ontem foi com um paredão, temos vídeos comprovando a situação”, descreve um dos relatos enviados, complementado por outra mensagem que diz: “essa madrugada foi só um esquenta, hoje será a festa”. O material inclui vídeos e registros de áudio que mostram a intensidade do som, ouvido a centenas de metros de distância.
Além do barulho, alguns moradores mencionaram oscilações de energia elétrica durante os eventos. “Nós ficamos sem energia e o cidadão do barulho tem normal”, escreveu um dos denunciantes, atribuindo o problema ao alto consumo dos equipamentos de som. Essa correlação, ainda não confirmada tecnicamente, acrescenta um novo elemento à tensão entre os moradores e os organizadores das festas.
Segundo os registros, o problema persiste há três semanas, com relatos que descrevem a continuidade do som até o amanhecer. “Terceira semana que o cidadão faz barulho e não tá nem aí”, afirmou um dos vizinhos. O incômodo tem afetado o descanso e a rotina de famílias que vivem na região, especialmente nos fins de semana, quando as festas são mais frequentes.
A legislação municipal e a chamada “Lei do Psiu” proíbem atividades que excedam os limites de ruído permitidos durante o período noturno, especialmente em áreas residenciais. As normas preveem advertência, multa e até apreensão de equipamentos sonoros em caso de reincidência. No entanto, moradores afirmam que a falta de retorno efetivo das autoridades estimula novos episódios, criando um ciclo de denúncias e frustrações.
O material enviado pelos moradores, incluindo coordenadas, protocolo e evidências visuais, foi verificado pela reportagem. Os denunciantes informaram que tentaram contato direto com o proprietário do imóvel, mas “as mensagens foram ignoradas completamente”. A ausência de diálogo e a continuidade das festas fortalecem o apelo por uma fiscalização mais contundente e transparente por parte da Prefeitura de Mairiporã.
A reportagem aguarda o posicionamento oficial da administração municipal e da Guarda Civil sobre as providências adotadas em relação ao protocolo nº 3819/2025. Enquanto isso, os vizinhos afirmam que continuarão registrando vídeos e acionando as autoridades sempre que o som ultrapassar o limite permitido, na expectativa de uma solução definitiva.