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Mãe e filha caem em golpe de falso aluguel e golpista debocha da situação

Moradoras de Santos (SP) foram vítimas de um golpe de falso aluguel após pagarem R$ 1,7 mil para reservar um imóvel. Ao perceberem irregularidades no documento da golpista e encontrarem o imóvel pelo triplo do valor, descobriram o golpe. A golpista ainda debochou da situação, aumentando o sentimento de impotência das vítimas.
Publicado em Brasil dia 26/08/2024 por Alan Corrêa

Mãe e filha de Santos, litoral de São Paulo, foram vítimas de um golpe de falso aluguel. Elas pagaram R$ 1,7 mil para reservar um apartamento após visitarem o imóvel, que foi mostrado por um porteiro. O contato foi feito por meio de uma suposta proprietária que anunciou o apartamento nas redes sociais. Desesperadas para encontrar um novo local de moradia, elas acreditaram na oferta e transferiram o valor.

Após a visita ao primeiro apartamento, que era um living, ou seja, com ambientes integrados, a golpista ofereceu outro imóvel, mais adequado às suas necessidades, localizado na Avenida Presidente Wilson, de frente para a praia. O valor sugerido foi o mesmo, o que inicialmente chamou atenção, dado o padrão e a localização privilegiada do segundo imóvel.

No entanto, Thayná, a filha, começou a desconfiar do golpe ao notar que a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) enviada pela suposta proprietária apresentava erros de informação, como data de nascimento e filiação trocadas. Ao pesquisar sobre o imóvel, descobriu que ele estava anunciado em uma imobiliária pelo valor de R$ 3,5 mil, três vezes maior do que o oferecido pela golpista.

A partir dessa descoberta, a filha teve certeza de que havia caído em um golpe e foi até a delegacia para registrar um boletim de ocorrência. A mãe, ao saber da notícia, ficou abalada e chorou ao perceber que tinham sido enganadas. Elas entraram em contato com a golpista para tentar reaver o dinheiro, mas foram bloqueadas logo após a promessa de devolução.

A situação ficou ainda mais grave quando a golpista começou a debochar das vítimas, enviando mensagens pelo aplicativo de mensagens, afirmando que “boletim de ocorrência não adianta nada” e que “infelizmente, o Brasil é assim”. Ela explicou que a conta bancária utilizada para a transação era “laranja”, ou seja, aberta com dados falsos ou de terceiros para ocultar a verdadeira identidade.

Thayná e sua mãe pretendem acionar a Justiça para tentar recuperar o valor perdido, apesar do sentimento de impotência que permeia o caso. A falta de resposta da instituição bancária em que a transação foi realizada apenas aumenta a frustração das vítimas. A história se tornou um alerta para outras pessoas que possam estar em busca de imóveis para locação, especialmente em períodos de urgência.

O caso reflete a vulnerabilidade que muitas pessoas enfrentam ao lidar com transações de aluguel fora de imobiliárias e os riscos associados a ofertas aparentemente vantajosas, mas que escondem golpes como o sofrido por Thayná e sua mãe. Enquanto aguardam por justiça, as vítimas compartilham sua experiência para evitar que outras pessoas passem pelo mesmo.

Fonte: G1.