Mãe diz que filha morreu por negligência em Franco da Rocha

Karen Dantas, mãe de Antonella Dantas de 3 anos, ficou inconsolável com a morte da filha que faleceu na UPA de Franco da Rocha.

A mãe da criança ficou completamente inconsolável pela inconcebível perda de sua bebê que completou os primeiros três aninhos de vida ha menos de uma semana de seu falecimento. A mãe conta que se tivessem indicado um exame de raio-x, sua filha comemoraria mais aniversários ao seu lado, cheia de saúde e, viva!

“Na UPA funciona assim: o paciente entra. O médico só fala: toma mãezinha um paracetamol e cuida em casa… Na minha opinião está um descaso essa UPA de Franco da Rocha. Pior que para eles morreu tanto faz, não é a família deles mesmo, então eu vou atrás de justiça para a minha filha.”

Todo o caso começou no último dia 20 de novembro, a menininha de três anos morreu em Franco da Rocha após a mãe, insistentemente ir com a criança quatro vezes, na mesma semana, para a UPA. Três das quatro visitas ao hospital, Antonella já apresentava sinais da possível gravidade da doença.

Karen, declara que dia 12 do mesmo mês, foi o dia em que foram pela primeira vez ao médico. A criança estava febril e com tosse segundo a mãe. Que comenta ainda sobre a condição do médico examinar e passar a medicação solicitando retorno para sua casa. Dia 15, três dias depois da primeira visita, Foi aniversário da pequena Antonella.

“Não tem cabimento, minha filha era uma criança saudável, dia 15 foi aniversário dela, eu enterrei ela dia 20, se os primeiros médicos tivessem pedido um raio-x, talvez hoje eu estivesse com a minha pequena em casa.”

Logo pela manhã do dia 16, a mãe notou que sua filha acordou com febre alta, o que a fez retornar ao hospital. O pediatra de plantão que a atendeu mudou a medicação e mandou novamente a paciente para a casa.

O drama desta mãe não acaba e dia 18 de novembro, a Antonella não apresentava melhoras então foram novamente ao médico, mas desta vez na cidade vizinha, em Caieiras. O médico mandou continuar as medicações passadas pelo colega da UPA de Franco da Rocha, e acrescentou inalação para a criança.

Sequencialmente na outra manhã, novamente Karen percebeu que não havia melhoras no quadro de sua filha e, novamente voltaram a UPA de Franco da Rocha. O médico que atendeu a pequena Antonella, a examinou diagnosticando que a respiração da criança estava fraca, e a colocou no oxigênio. Foi realizado um exame onde foi constatado pneumonia. O médico solicitou a internação da criança e também a transferência para um hospital que tivesse mais recursos para os cuidados da criança. Antonella e a mãe estavam na parte de baixo da UPA de Franco da Rocha.

Troca de Plantão: momentos decisivos

Na troca de plantão, a Karen disse que precisou sair rapidinho, o pai da menina quem ficou com ela na observação. Neste momento, a paciente teria sido trocada de quarto por uma das supostas enfermeiras. Antonella foi encaminhada a parte superior do hospital, durante esse período de troca de ambiente a criança não ficou no oxigênio, como o médico havia prescrito após o agravamento do quadro da pequena. Quando a mãe retornou, observou a saturação da filha. Os aparelhos indicavam uma queda de 99 para 85.

Uma faxineira do hospital acendeu as luzes durante a madrugada, o relógio apontava mais de duas horas da manhã e, Karen pode observar sua filha roxa, quando se aproximou notou que a criança estava sem sinais vitais e o seu corpo já estava frio. Desesperada, a mãe gritava por socorro e ajuda pelos corredores. Infelizmente a partir daquele momento nada mais poderia ser feito para salvar a vida de Antonella Dantas, sua menininha de apenas três aninhos recém completados. Foi constatada parada cardiorrespiratória da filha, e que seu corpo já fragilizado não resistiu.

A mãe informa que entrará com uma ação contra a UPA de Franco da Rocha, por negligência médica.

A Prefeitura de Franco da Rocha informou em nota que foi constatado o agravamento da condição da criança, o médico orientou internação e imediatamente solicitou a vaga no sistema Cross, regulador das transferências hospitalares no estado de São Paulo. A vaga solicitada não foi liberada a tempo de fazer a transferência da criança.

“As circunstâncias da morte, bem como as condutas dos profissionais que atenderam a Antonella, estão sendo apuradas pela comissão de ética médica da unidade” A Prefeitura declarou sobre o ocorrido.

A Prefeitura solidariamente a todos os envolvidos neste atendimento, informa que se solidariza com os familiares e que a equipe de profissionais da UPA, de modo total, permanece à disposição da família para tirar qualquer dúvida ou esclarecer e precisar de mais informações.

Fonte: Cidade Repórter