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Maduro Diz Para População Abandonar WhatsApp e Sugere Usar Telegram

Nicolás Maduro, presidente da Venezuela, pediu que a população desinstale o WhatsApp, alegando ameaças à segurança do país. Ele propôs o uso de plataformas como Telegram e WeChat, destacando a importância de escolher ferramentas de comunicação que não estejam associadas ao que considera forças adversas à nação. A declaração foi feita durante um evento público e transmitida ao vivo.
Publicado em Tecnologia dia 6/08/2024 por Alan Corrêa

O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, fez uma declaração importante durante a Marcha da Juventude e dos Estudantes pela Defesa da Paz, realizada na última segunda-feira. Ele pediu que os cidadãos desinstalem o aplicativo de mensagens WhatsApp, citando preocupações com ameaças à segurança do país. Segundo Maduro, o WhatsApp tem sido usado para atividades que colocam a Venezuela em risco, e ele sugeriu que a população opte por outras plataformas de comunicação, como o Telegram e o WeChat.

Em seu discurso, transmitido ao vivo pelo canal oficial no YouTube, Maduro afirmou que romperá relações com o WhatsApp. Ele declarou que o aplicativo tem sido utilizado para ameaçar a soberania venezuelana e afirmou que vai eliminá-lo de seu próprio telefone. Maduro destacou a importância de usar serviços que não estejam associados ao que ele chamou de “forças adversas”.

O líder venezuelano incentivou os jovens presentes a seguirem seu exemplo, afirmando que o WhatsApp é utilizado para intimidar líderes políticos e comunitários que não se alinham com determinadas ideologias. Ele destacou a necessidade de uma retirada “voluntária, progressiva e radical” do aplicativo dos dispositivos móveis no país.

A declaração de Maduro ocorre em um contexto de tensões políticas na Venezuela, especialmente após as recentes eleições presidenciais. O presidente foi declarado vencedor pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE), mas o resultado foi contestado pela oposição e por diversos países. A oposição alega que houve irregularidades na contagem dos votos, afirmando que o candidato opositor, Edmundo González, foi o verdadeiro vencedor.

A Organização dos Estados Americanos (OEA) também não reconheceu o resultado das eleições, alegando possíveis manipulações nos resultados. A OEA e outros países, como Estados Unidos e Argentina, pediram uma revisão das atas eleitorais para garantir a transparência do processo.

Maduro, por sua vez, argumenta que está defendendo a soberania e a paz no país ao pedir que a população abandone o WhatsApp. Ele disse que a escolha entre manter ou remover o aplicativo é uma questão de estar com a pátria ou com as forças que considera hostis.

O governo venezuelano frequentemente alega que há interferência estrangeira nos assuntos internos do país, e a decisão de Maduro de promover o uso de aplicativos como Telegram e WeChat pode ser vista como parte de um esforço para diminuir a dependência de serviços ocidentais.

Até o momento, a Meta, empresa responsável pelo WhatsApp, não comentou as declarações de Maduro. O pedido do presidente venezuelano gerou diversas reações, tanto de apoio quanto de crítica, refletindo a polarização política que o país enfrenta.

No cenário atual, o papel das tecnologias de comunicação é cada vez mais relevante, e as decisões políticas relacionadas ao seu uso podem ter impactos significativos na dinâmica social e econômica da Venezuela.

Fonte: G1.