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Israel Pode Cair em Armadilha na Faixa de Gaza, segundo Aliados

Enquanto o mundo observa com crescente preocupação os ataques aéreos e projéteis atingindo alvos na Faixa de Gaza, as tensões na região alcançam níveis alarmantes. Israel enfrenta uma complexa situação no conflito com o grupo radical islâmico Hamas, e aliados temem que uma escalada possa desencadear um novo embate entre Ocidente e Islã, evocando memórias do 11 de Setembro.
Publicado em Internacional dia 26/10/2023 por Alan Corrêa

Enquanto o mundo observa com crescente preocupação os ataques aéreos e projéteis atingindo alvos na Faixa de Gaza, as tensões na região alcançam níveis alarmantes. Israel enfrenta uma complexa situação no conflito com o grupo radical islâmico Hamas, e aliados temem que uma escalada possa desencadear um novo embate entre Ocidente e Islã, evocando memórias do 11 de Setembro.

Há um temor crescente de que o Hamas e seus apoiadores em Teerã tenham elaborado uma estratégia calculada para atrair uma feroz ofensiva terrestre israelense após uma infiltração audaciosa em Israel. Os recentes horrores infligidos a civis na Faixa de Gaza podem ter sido planejados pelo Hamas para provocar uma resposta massiva de Israel, independentemente do custo para a população local.

Os próximos passos de Israel na região são cruciais e podem determinar o curso dos acontecimentos nas próximas décadas. O foco agora está inteiramente voltado para a Faixa de Gaza, onde o Hamas implementou uma série de táticas desafiadoras.

O grupo extremista encheu a Faixa de Gaza com uma intrincada rede de túneis, armadilhas e preparativos para enfrentar as forças israelenses de todas as formas possíveis. Isso inclui desde enxames de homens-bomba até equipes de captura para fazer soldados israelenses de reféns, acentuando a complexidade do cenário militar.

A história recente nos fornece valiosas lições sobre a guerra urbana em grande escala. Os militares dos EUA compartilham com Israel suas experiências em operações desse tipo. A batalha para expulsar o Estado Islâmico de Mosul, no Iraque, em 2017, levou nove meses e foi uma campanha de casa em casa, revelando a dificuldade de enfrentar inimigos que usam sistemas de túneis e emboscadas.

O Hezbollah, aliado do Hamas, tem expandido suas capacidades na fabricação de bombas, representando uma ameaça crescente em toda a região do Oriente Médio. As tropas israelenses enfrentam o desafio de dispositivos explosivos improvisados que podem paralisar tanques e aprimoraram as táticas de destruição de blindados desde o conflito no Líbano em 2006.

Além disso, o Hamas adquiriu capacidades antiaéreas, tornando helicópteros Apache de Israel vulneráveis a mísseis superfície-ar. Também há o temor de que o Hamas tenha equipes prontas para documentar ataques em “vídeos de morte”, uma estratégia que historicamente tem inflamado e radicalizado jovens.

A situação em Israel e na Faixa de Gaza permanece volátil, e o mundo observa com ansiedade enquanto a complexidade do conflito e a ameaça constante de escalada tornam cada passo uma decisão crucial. Enquanto Israel lida com esses desafios, o mundo mantém a esperança de que a paz possa prevalecer em uma das regiões mais instáveis do planeta.

Crise em Israel e Faixa de Gaza Gera Preocupações Globais

A escalada da tensão na região de Israel e da Faixa de Gaza tem mantido o mundo à beira de um precipício, com graves preocupações sobre as possíveis consequências de um conflito cada vez mais volátil. A situação se agravou nas últimas semanas, com especulações de que o Hamas poderia estar planejando uma carnificina generalizada na Faixa de Gaza como parte da segunda fase de seus ataques.

As palavras do ministro dos Negócios Estrangeiros do Irã, Hossein Amir-Abdollahian, no domingo (22), não passaram despercebidas. Suas declarações não eram apenas uma análise da situação, mas uma ameaça direta. Ele alertou sobre o risco de um erro de cálculo durante a continuação dos conflitos, destacando as graves consequências que isso poderia ter para a região e para os atores envolvidos.

A Casa Branca está plenamente consciente das implicações de uma escalada no conflito entre Israel e o Hamas. O temor é que uma armadilha seja lançada contra Israel, resultando em consequências amplas e perigosas, incluindo a possibilidade de um “Choque de Civilizações”, um cenário semelhante ao que se seguiu aos trágicos eventos de 11 de setembro.

Além das implicações geopolíticas, uma grande preocupação para o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, é o bem-estar dos reféns americanos na Faixa de Gaza e das mais de 200 pessoas detidas pelo Hamas e outros grupos no enclave. A incerteza em relação a esses reféns acrescenta uma camada adicional de complexidade ao cenário.

Há também preocupações crescentes em Washington de que uma operação terrestre israelense em grande escala possa levar a uma conflagração que escape ao controle, semelhante ao que ocorreu no Iraque após a invasão liderada pelos EUA em 2003 para derrubar Saddam Hussein.

Benjamin Netanyahu, o primeiro-ministro israelense, tem ligado o Hamas ao Estado Islâmico e tem retratado o conflito entre Israel e o Hamas como um choque de civilizações. Ele chegou a descrever o Hamas como “os novos nazistas” e “o novo Estado Islâmico”, enfatizando a necessidade de combater esses grupos.

É importante destacar que o Hamas não é o Estado Islâmico. De fato, o Hamas tem lutado contra elementos do Estado Islâmico na Faixa de Gaza, uma vez que representam uma forma de Islã política com a qual o grupo que controla Gaza se opõe.

Enquanto o Hamas busca estabelecer um Estado palestino baseado nos ensinamentos do Islã, ele não busca criar um califado, e não tem um histórico de ataques fora de Israel e dos territórios palestinos. Além disso, o grupo não recorreu à internet para tentar radicalizar pessoas globalmente.

O Hamas está firmemente comprometido com a destruição do Estado judeu, e suas recentes ações têm levado líderes mundiais a condenar suas atrocidades e expressar apoio a Israel.

A situação na região é extremamente delicada, com vidas humanas em risco e a possibilidade de uma escalada ainda mais intensa dos conflitos. À medida que a contagem de mortos continua a aumentar, com cerca de 1.400 mortos nos ataques liderados pelo Hamas em Israel e mais de 5.700 mortes na Faixa de Gaza, segundo autoridades palestinas, o apelo por um cessar-fogo se torna mais urgente.

Enquanto as negociações internacionais continuam, milhares de habitantes da Faixa de Gaza enfrentam um estado de sítio quase total, e a ONU estima que 1,4 milhão de pessoas tenham sido deslocadas na estreita faixa de terra.

A possibilidade de uma operação terrestre por parte de Israel preocupa a comunidade internacional, uma vez que poderia levar a um aumento significativo nas baixas em ambos os lados, além de provocar manifestações pró-Palestina em todo o mundo, agravando ainda mais a crise.

Enquanto isso, grupos hostis a Israel, dedicados à sua destruição, estão se reunindo no Líbano. O líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, encontrou-se com membros do Hamas e da Jihad Islâmica Palestina, sinalizando uma coordenação entre essas organizações.

A situação no Oriente Médio permanece incerta, e a atenção do mundo está focada na região, com a esperança de que um cessar-fogo seja alcançado e que a paz possa prevalecer em uma das áreas mais voláteis do planeta. A comunidade internacional continua a trabalhar em busca de uma solução para encerrar o conflito e evitar uma escalada ainda mais perigosa.

*Com informações de CNN Brasil.