A inflação acumulada será o principal fator para o reajuste dos valores.
Segundo projeções da Genial Investimentos, o teto dos benefícios do INSS pode chegar a R$ 8.092,54 em 2025. A correção é baseada na inflação medida pelo INPC, garantindo a atualização dos benefícios previdenciários.
No início de cada ano, aposentados e pensionistas têm seus benefícios previdenciários reajustados pelo INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), seguindo a inflação medida pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O piso das aposentadorias é vinculado ao salário mínimo e recebe um reajuste real, acima da inflação. Projeções da Genial Investimentos apontam que o salário mínimo pode chegar a R$ 1.508,66 em 2025, enquanto o teto dos benefícios pode atingir R$ 8.092,54.
Essas projeções diferem das divulgadas pelo governo, que prevê um salário mínimo de R$ 1.502 para o próximo ano. O reajuste visa minimizar os impactos da inflação na renda dos beneficiários. O reajuste dos benefícios será aplicado na competência de janeiro, refletindo nos valores recebidos no fim do primeiro mês do ano e no início de fevereiro de 2025.
Os beneficiários poderão verificar o novo valor de seus benefícios no site e no aplicativo Meu INSS. Após fazer login, devem clicar no serviço “Extrato de Pagamento” para ver o valor e a data de recebimento. O reajuste completo será recebido apenas por quem já recebia o benefício em janeiro de 2024. Aqueles que começaram a receber o benefício durante o ano terão o reajuste conforme a inflação calculada nos meses correspondentes.
O reajuste é calculado com base na inflação acumulada durante o último ano, medida pelo INPC, que verifica a variação do custo de vida médio de famílias com renda mensal de 1 a 5 salários mínimos. As projeções da Genial Investimentos indicam uma inflação acumulada de 3,94% para este ano, enquanto a SPE (Secretaria de Política Econômica) do Ministério da Fazenda projeta um acúmulo de 3,25%.
Esses grupos são mais afetados pelas variações de preços, pois tendem a gastar seu rendimento em transporte, alimentação e medicamentos. Apesar de todos os beneficiários receberem o reajuste, o impacto na renda será maior para aqueles que recebem o valor mínimo. Desde a aprovação de novas diretrizes para a valorização do salário mínimo em 2023, a remuneração recebe um aumento que soma a inflação e o crescimento da economia.
Na prática, o aumento se baseia no INPC acumulado do ano anterior e na variação do PIB (Produto Interno Bruto) de dois anos atrás. Quem recebe mais do que o valor mínimo terá o salário corrigido apenas pela inflação do ano anterior. As projeções da Warren Investimentos divergem das atuais do governo. Enquanto a Warren prevê um acúmulo anual do INPC de 3,70%, o Ministério da Fazenda prevê 3,25%.
A configuração atual dos reajustes é criticada por aposentados e pensionistas, principalmente aqueles que recebem valores acima do salário mínimo. Segundo o Sindinapi (Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos da Força Sindical), o reajuste não cobre o ônus causado pela variação de preços, fazendo com que aposentados entrem na faixa do salário mínimo para receber maior correção.
Em entrevista à Folha, o presidente do sindicato, Milton Cavalo, destacou que as faixas mais afetadas pela defasagem dos reajustes são aquelas que ganham valores próximos ao salário mínimo, mas não recebem a correção do piso. Existem propostas legislativas para corrigir essa situação: sindicatos e centrais sindicais apoiam o projeto de lei 1.468, que prevê um adicional de 5% nas aposentadorias e pensões do INSS a cada cinco anos.
Redigida pelo deputado Pompeo de Mattos (PDT-RS), a proposta modifica a lei 8.213, de 1996, sobre os planos de benefícios da Previdência Social. O projeto garantiria um aumento de 5% a cada quinquênio para todos os beneficiários do INSS, incluindo aqueles que recebem o salário mínimo.
Ou seja, as projeções para o teto dos benefícios do INSS em 2025 indicam um aumento significativo, visando ajustar os valores pela inflação. As críticas sobre a defasagem dos reajustes para valores acima do salário mínimo levam a propostas legislativas para corrigir essas desigualdades.
*Com informações de Folha de São Paulo.