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Hamas executou membros homossexuais, revela relatório

Dentro do Hamas, a perseguição não se limita a inimigos externos. Documentos revelam que membros acusados de homossexualidade foram torturados e executados pelo próprio grupo. Entre 2012 e 2019, ao menos 94 militantes foram punidos por "falhas morais". Relatos também indicam abusos contra reféns israelenses.
Publicado em Internacional dia 6/02/2025 por Alan Corrêa

O Hamas perseguiu, torturou e executou integrantes de suas próprias fileiras sob a acusação de homossexualidade. Documentos obtidos pelas Forças de Defesa de Israel (FDI) revelam que ao menos 94 membros do grupo foram punidos por supostas “falhas morais” entre 2012 e 2019, incluindo envolvimento em relações homossexuais.

Os registros, divulgados pelo jornal New York Post, indicam que os militantes acusados de homossexualidade foram presos, submetidos a tortura e, em diversos casos, executados. As acusações registradas contra os integrantes do Hamas incluem “conversas homossexuais” e “flertes com mulheres sem vínculo legal”.

Um dos casos mencionados foi o de Mahmoud Ishtiwi, um comandante do Hamas que foi torturado por quase um ano antes de ser morto a tiros em 2016. Os documentos detalham que Ishtiwi foi suspenso pelos braços e pernas durante longos períodos como parte dos métodos de punição interna do grupo.

As informações revelam que a perseguição a membros considerados “moralmente inaceitáveis” está enraizada na estrutura do Hamas. A liderança do grupo justificou a execução de Ishtiwi com base em interpretações religiosas, classificando a homossexualidade como um crime punível com a morte.

Além da repressão dentro do próprio grupo, fontes do parlamento israelense relataram que militantes do Hamas praticaram abusos sexuais contra homens israelenses durante os ataques de 7 de outubro de 2023 e no período em que ficaram detidos como reféns em Gaza. Relatos apontam que as vítimas foram forçadas a atos degradantes sob ameaça de morte.

Os documentos também mencionam uma estrutura de vigilância dentro do Hamas para monitorar seus próprios integrantes. A organização identificava suspeitos por meio de comunicações e registros internos, submetendo-os a investigações secretas antes de impor punições severas.

Na Faixa de Gaza, território controlado pelo Hamas, a homossexualidade é criminalizada, podendo resultar em longas penas de prisão. Além disso, o grupo impõe normas religiosas rigorosas, punindo comportamentos considerados inadequados sob sua interpretação da lei islâmica.

A diretora de educação da One Israel Fund, Eve Harow, destacou que a brutalidade do Hamas não se limita a seus opositores externos. Segundo ela, qualquer pessoa dentro do grupo que não siga a ideologia extremista corre o risco de perseguição, prisão ou execução.

A repressão dentro do Hamas evidencia o controle autoritário da organização sobre a população de Gaza e sobre seus próprios membros. Relatos indicam que a liderança do grupo se beneficia de um sistema de punição interna para reforçar sua autoridade e eliminar dissidências.

Os novos documentos levantam questões sobre o tratamento de minorias sob regimes extremistas. A divulgação dessas informações pode intensificar a pressão internacional para que o Hamas seja responsabilizado por violações de direitos humanos e crimes de guerra.

Israel continua analisando os documentos obtidos e deve usá-los para fortalecer suas acusações contra o Hamas em instâncias internacionais. As revelações aumentam as preocupações sobre a atuação do grupo e sua política de repressão interna e externa.

Fonte: OAntagonista, GazetaDoPovo e RevistaOeste.