Grupo Pandora Comemora 20 Anos Expondo os Horrores da Ditadura Militar no Cemitério Dom Bosco em Perus

Peça “Comum” do Grupo Pandora relembra a vala clandestina de Perus e os desaparecidos políticos da ditadura militar brasileira.

O Grupo Pandora, formado em julho de 2004, é um coletivo de teatro que desde 2016 ocupa um espaço antes ocioso em São Paulo, transformando-o em um polo de cultura e inclusão social. Em 2024, o grupo celebra duas décadas de atividades com a reestreia da peça “Comum” no Teatro Municipal Alfredo Mesquita, na Zona Norte de São Paulo.

A peça “Comum” tem como foco a ditadura militar brasileira e a descoberta, em 1990, de uma vala clandestina no Cemitério Dom Bosco, no bairro de Perus, Zona Noroeste de São Paulo. Nesta vala foram encontradas mais de mil ossadas, identificadas como de desaparecidos políticos e vítimas da violência estatal do regime militar. A descoberta revelou ao mundo um dos muitos crimes cometidos pelo regime instaurado com o golpe de estado de 1964 e marcou profundamente a história de Perus.

O Grupo Pandora aborda temas pertinentes à história do bairro de Perus e do Brasil, focando nas injustiças sociais e problemas contemporâneos, com uma linguagem poética e teatral. Além de “Comum”, o grupo produziu duas obras literárias que documentam sua trajetória e projetos: “Efêmero Concreto – Trajetória do Grupo Pandora de Teatro” (2016) e “COMUM” (2019).

Com apoio da 41ª Edição do Programa Municipal de Fomento ao Teatro para a cidade de São Paulo, promovido pela Secretaria Municipal de Cultura, o Grupo Pandora realiza o projeto “Pandora 20 Anos – Firmeza Permanente”. Esse apoio é crucial para a continuidade das pesquisas e produções culturais do grupo, que sempre abordam temas relevantes e urgentes para a sociedade.

O espetáculo “Comum” terá apresentações nos dias 31 de maio, 01 e 02 de junho de 2024, no Teatro Municipal Alfredo Mesquita. As sessões serão na sexta-feira e sábado às 20h30, e no domingo às 19h. A entrada é gratuita, mas os ingressos devem ser retirados com antecedência.

A peça é dirigida por Lucas Vitorino, que também assina o texto, e conta com um elenco composto por Caroline Alves, Cristian Montini, Rodolfo Vetore, Thalita Duarte e Wellington Candido. A cenografia é de Lucas Vitorino e Thalita Duarte, com cenotecnia da Eprom Eventos e Luis Fernando Soares. A iluminação é desenhada por Elves Ferreira e operada por Gui Sensei, e a edição de vídeo é de Filipe Dias.

Além da peça, o Grupo Pandora desenvolve um trabalho contínuo de pesquisa e produção artística que aborda a história e as questões sociais de Perus. Com uma abordagem teatral inovadora, o grupo consegue transformar temas pesados e complexos em arte, sensibilizando e educando o público sobre a importância de se lembrar e refletir sobre o passado para construir um futuro melhor.

O Grupo Pandora, com sua trajetória de 20 anos, continua a explorar e expor as feridas abertas da história brasileira através do teatro. Com “Comum”, o grupo não apenas celebra sua própria história, mas também presta um tributo às vítimas da ditadura militar e reforça a necessidade contínua de buscar a verdade e a justiça. A temporada no Teatro Municipal Alfredo Mesquita é uma oportunidade para o público reviver e refletir sobre um período sombrio da história do Brasil, promovendo a memória e a conscientização.

Ficha Técnica

Serviço

Para mais informações, acesse o site do Grupo Pandora de Teatro.

Com apoio de informações fornecidas por Lucia Gandelini Assessoria de Imprensa