São Paulo

Forças de Segurança Prendem Líderes do PCC em Grande Ação no Centro de São Paulo

A Operação Salus et Dignitas, realizada em São Paulo, desmantelou o crime organizado, prendendo líderes do PCC e lacrando imóveis usados para tráfico de drogas. A ação envolveu mais de mil agentes e foi resultado de um ano de investigações, com apoio do Ministério Público Estadual, Prefeitura de São Paulo e órgãos federais.
Publicado em São Paulo dia 7/08/2024 por Alan Corrêa

A operação Salus et Dignitas, coordenada pelas forças de segurança do Estado de São Paulo, desmantelou parte da logística do crime organizado no centro da capital. A ação foi realizada após mais de um ano de investigação e inteligência, culminando na prisão de membros do Primeiro Comando da Capital (PCC) e no fechamento de diversos pontos de tráfico de drogas. Entre os detidos, está Leonardo Monteiro Moja, conhecido como Leo do Moinho, um dos líderes do grupo criminoso.

A operação foi realizada em parceria com o Ministério Público Estadual, a Prefeitura de São Paulo e vários órgãos federais, incluindo a Receita Federal e a Polícia Rodoviária Federal. O governador Tarcísio de Freitas destacou a importância da ação conjunta entre os diferentes níveis de governo e entidades de segurança para desmantelar o ecossistema do crime que sustenta o tráfico de drogas na região.

Foram cumpridos 117 mandados de busca e apreensão, 7 de prisão e 46 de sequestro e bloqueio de bens. Além disso, a operação resultou na suspensão das atividades econômicas de 44 prédios comerciais, entre hotéis, hospedarias, ferro-velhos e estabelecimentos comerciais diversos. Os imóveis utilizados para atividades ilícitas foram lacrados pelas autoridades municipais para impedir a retomada das práticas criminosas.

Durante a operação, foram apreendidos cerca de R$ 156 mil em dinheiro, 122 celulares, 119 computadores, HDs, UBSs, uma arma, munições e 10 kg de drogas. Além disso, 78 veículos foram removidos, e 12 fiscalizações ambientais resultaram em autuações. A ação também revelou um esquema de exploração de trabalho análogo à escravidão, onde dependentes químicos eram usados em atividades ilícitas em troca de drogas ou álcool.

Para mitigar o impacto social da operação, o governo montou uma rede de apoio para os moradores dos imóveis lacrados. Em parceria com a Prefeitura de São Paulo, foi estabelecido um centro de atendimento na Rua Guaianazes, oferecendo refeições, emissão de documentos e outros serviços essenciais. O Serviço Estadual de Acolhimento disponibilizou vagas para as famílias afetadas, garantindo acesso a kits de higiene, cobertores e roupas.

Os dependentes químicos também receberam atenção, com encaminhamento para unidades de saúde e abrigos de passagem. As ações de assistência foram coordenadas por diversas secretarias estaduais e municipais, com o objetivo de oferecer suporte integral às pessoas impactadas pela operação. Essa abordagem integrada e multifacetada visa não apenas reprimir o crime, mas também oferecer alternativas para aqueles que se encontram em situação de vulnerabilidade social.

Fonte: Governo-SP.