Filipa recebe diagnóstico de transtorno bipolar em trama de Dona de Mim

Depois de crises intensas, Filipa descobre em Dona de Mim que sofre de transtorno bipolar, caracterizado por oscilações entre euforia e depressão. O psiquiatra Antonio Egídio Nardi explica diagnóstico, tratamento e cuidados essenciais, enquanto a novela aborda preconceito, impacto familiar e a importância do apoio próximo para o controle da doença.
Publicado em Entretenimento dia 14/08/2025 por Alan Corrêa

Na novela das 7 da TV Globo, Dona de Mim, a personagem Filipa, interpretada por Cláudia Abreu, enfrenta um momento decisivo ao receber o diagnóstico de transtorno bipolar. Conhecida por suas mudanças bruscas de humor, ela alterna períodos de intensa euforia com fases de profunda tristeza, sem saber que estava diante de uma condição médica que exige acompanhamento especializado.

Pontos Principais:

  • Filipa, vivida por Cláudia Abreu, recebe diagnóstico de transtorno bipolar.
  • Crise é desencadeada pela morte de Abel e perda do emprego.
  • O psiquiatra Antonio Egídio Nardi explica sintomas e tratamento.
  • Tratamento envolve lítio, psicoterapia e hábitos de vida saudáveis.
  • Família e informação são essenciais para adesão e redução do preconceito.

O ponto de virada na trama ocorre após a morte de Abel, vivido por Tony Ramos, e a perda do emprego. Abalada, Filipa entra em um surto que a leva a comportamentos de risco, como beber com desconhecidos em um bar e ter alucinações, imaginando-se atuando diante de uma plateia. É levada ao hospital e, em avaliação psiquiátrica, recebe a confirmação da doença.

O diagnóstico retratado na ficção é detalhado pelo professor titular de psiquiatria da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e membro da Academia Nacional de Medicina, Antonio Egídio Nardi. Ele explica que o transtorno bipolar é um distúrbio grave do humor que intercala episódios de depressão e mania, com intervalos de estabilidade chamados de eutimia.

Segundo o especialista, a única forma de identificar a doença é por meio de exame clínico feito por médico psiquiatra. O tratamento inclui o uso de medicamentos, com destaque para o carbonato de lítio, psicoterapia e hábitos saudáveis, como evitar álcool e drogas e manter a prática regular de atividade física.

A abordagem da novela também abre espaço para um debate necessário sobre o estigma em torno das doenças mentais. Nardi reforça que informação é a chave para reduzir preconceitos e melhorar a qualidade de vida de quem vive com o transtorno.

Outro ponto ressaltado pelo médico é a importância do papel da família. Ele destaca que o apoio de parentes e pessoas próximas influencia diretamente a adesão ao tratamento. Quando compreendem que a bipolaridade é uma doença, e não uma falha de caráter, os familiares deixam de culpar o paciente e contribuem para um ambiente mais equilibrado.

Na história, Filipa já havia iniciado sessões de terapia, o que a levou ao encaminhamento para avaliação psiquiátrica. Esse detalhe ilustra a importância do acompanhamento psicológico como porta de entrada para diagnósticos mais precisos e cuidados adequados.

A novela, exibida de segunda a sábado às 19h15, utiliza a trajetória da personagem para mostrar como eventos traumáticos podem agravar sintomas em pessoas predispostas ao transtorno, evidenciando a necessidade de atenção médica imediata em momentos de crise.

A representação de Filipa na tela evidencia a complexidade de lidar com um transtorno crônico e como ele afeta não apenas o paciente, mas também o círculo social e familiar. A trama mistura drama pessoal com um olhar técnico sobre saúde mental, oferecendo ao público uma narrativa que combina emoção e conscientização.

Com a continuidade da história, Dona de Mim deve aprofundar as consequências desse diagnóstico na vida da personagem, mantendo em pauta o impacto da doença no cotidiano e a importância da busca por equilíbrio emocional e estabilidade.

Fonte: Gshow