Por Hospital Fabiano de Cristo: Psicóloga Ligia Guilhermina da Silva – CRP 06/125146 – Responsável Técnica. Atendimento gratuito de retaguarda para pessoas com câncer.
A saúde mental dos cuidadores e acompanhantes de pacientes com câncer é frequentemente negligenciada, embora desempenhem um papel crucial no bem-estar dos pacientes. Lidar com o estresse emocional, físico e financeiro pode levar a uma deterioração significativa da saúde mental desses indivíduos.
A sobrecarga de responsabilidades, a preocupação constante com o bem-estar do paciente e as demandas físicas da prestação de cuidados podem levar à exaustão e ao esgotamento emocional. Muitas vezes, os cuidadores se dedicam tanto aos outros que negligenciam suas próprias necessidades, resultando em sentimentos de isolamento e solidão.
Além disso, testemunhar o sofrimento do paciente, lidar com incertezas sobre o futuro e enfrentar decisões difíceis pode causar ansiedade e depressão nos cuidadores. A falta de apoio emocional e recursos adequados só agrava esses problemas.
É essencial que os cuidadores reconheçam a importância de sua própria saúde mental e busquem apoio quando necessário. Isso pode incluir participar de grupos de apoio, procurar aconselhamento profissional e encontrar maneiras de cuidar de si mesmos, seja através de exercícios, hobbies ou simplesmente tirando um tempo para descansar.
Ao priorizar sua própria saúde mental, os cuidadores e acompanhantes podem desempenhar melhor seu papel e oferecer um apoio mais eficaz aos pacientes com câncer, promovendo assim o bem-estar de todos os envolvidos.
No universo da oncologia, muito se fala sobre os avanços no tratamento, a resiliência dos pacientes e as histórias de superação que inspiram esperança. Contudo, existe um capítulo dessa jornada frequentemente relegado a um segundo plano: a saúde mental dos cuidadores e acompanhantes desses pacientes. Estes indivíduos, muitas vezes referidos como os heróis silenciosos, carregam em seus ombros um peso que vai além do tangível, mergulhando em águas emocionais profundas e turbulentas.
A prestação de cuidados a um ente querido com câncer transcende a mera assistência física. Ela envolve uma intrincada teia de responsabilidades emocionais, psicológicas e, muitas vezes, financeiras. O desafio diário de equilibrar a própria vida com as necessidades intensas do paciente pode levar a um estado de exaustão crônica, onde o cuidador se vê consumido por uma maré de estresse e ansiedade. Este cenário é agravado pelo isolamento social, uma consequência não apenas da natureza absorvente dos cuidados, mas também das restrições impostas por tratamentos oncológicos.
A ironia reside no fato de que, enquanto os cuidadores se dedicam a nutrir a saúde física e emocional de seus entes queridos, sua própria saúde mental muitas vezes desmorona nas sombras. Sintomas de depressão, ansiedade e o temido esgotamento não são incomuns, mas a cultura do autocuidado entre os cuidadores ainda é embrionária. Afinal, como pode alguém que se tornou o pilar de força para outro admitir que também precisa de apoio?
No entanto, é imperativo reconhecer que cuidar da saúde mental do cuidador não é um ato de egoísmo, mas uma necessidade urgente. A sustentabilidade do cuidado depende da resiliência emocional de quem cuida. Sem a devida atenção a este aspecto, corre-se o risco de transformar os cuidadores em pacientes invisíveis, carregando suas próprias dores em silêncio.
Diante disso, é essencial que haja uma mobilização coletiva para quebrar o estigma em torno da vulnerabilidade dos cuidadores. Iniciativas como grupos de apoio, serviços de aconselhamento e programas de respiro podem oferecer válvulas de escape e recursos valiosos. Além disso, é fundamental que os próprios cuidadores reconheçam a importância de reservar um momento para si, seja por meio de atividades de lazer, exercícios físicos ou simples períodos de descanso.
Ao abordarmos a saúde mental dos cuidadores com a seriedade que merece, não apenas estaremos honrando seu papel indispensável, mas também promovendo um ambiente de cuidado mais sustentável e eficaz. Afinal, um cuidador apoiado e emocionalmente saudável é sinônimo de um paciente melhor assistido.
Portanto, é hora de ampliar a conversa sobre o câncer para incluir aqueles que estão nos bastidores, segurando as rédeas da esperança e do amor incondicional. Ao cuidarmos dos cuidadores, estamos reforçando a rede de apoio que envolve os pacientes, fortalecendo assim toda a estrutura de combate ao câncer. Que este artigo sirva como um convite à reflexão e à ação: cuidar de quem cuida é uma responsabilidade de todos nós.
A missão do Hospital Espírita Fabiano de Cristo é ampliar a visão de saúde, doença e morte no cuidad’ integral da pessoa portadora da doença do câncer, levando em conta os aspectos físico, espiritual, social, cultural e ecológico. Seu objetivo é tornar-se um centro de referência internacional nessa área.
Os valores que guiam o trabalho do hospital são o amor, a integridade, a saúde, a evolução e a espiritualidade. A ideia surgiu quando um grupo de pessoas do Núcleo Espírita Cristão (NEC) realizava o serviço assistencial domiciliar para enfermos em convalescença e carência social. Eles perceberam que esses pacientes enfrentavam grandes dificuldades para se recuperar, principalmente devido às condições socioeconômicas em que viviam.
Sob orientação espiritual do mentor Dr. Romano, por intermédio do médium Sérgio Eduardo Miranda, assistido por Carlos Alberto Drago, o grupo teve a inspiração de criar um espaço para abrigar e cuidar dessas pessoas. Em 17 de outubro de 1992, foi criado o Hospital Espírita Fabiano de Cristo.
Localizado em Caieiras, o hospital aproveita a área geográfica com grande potencial energético e vibracional, com propriedades minerais que atendem as necessidades de recuperação, refazimento e reabilitação de pessoas portadoras de doenças degenerativas como o câncer. Em 17 de outubro de 1996, foi lançada a pedra fundamental no espaço cedido pela Prefeitura Municipal de Caieiras para concessão de uso.
Em 10 de fevereiro de 2001, o Ambulatório Fabiano de Cristo foi inaugurado, oferecendo atendimento ambulatorial em diversas especialidades. Acima do ambulatório, encontra-se o Espaço Cultural Fabiano de Cristo, utilizado para a promoção de encontros, palestras, oficinas, shows e diversas outras ações.
O projeto do HEFC está em expansão. Além da manutenção dos atendimentos no Ambulatório, a construção do hospital permitirá ampliar os atendimentos, bem como oferecer opções de internação de acordo com a necessidade dos assistidos. Como parte do projeto de ampliação dos atendimentos, outros seis chalés serão construídos, cada um com seis leitos, permitindo um convívio familiar entre os pacientes de cada unidade.
Endereço: Rua Canário, 600, Laranjeiras – Caieiras (SP) Tel.: (11) 4441-3031 | (11) 94297-2924 E-mail: relacionamento@hefc.org.br