Hospital Fabiano de Cristo – por Dra. Lígia Guilhermina (CRP 06/125146) – Coordenadora do setor de psicologia do HEFC
Aquele momento em que o paciente e familiares recebem a notícia de que não há mais o que fazer, que tudo que estava ao alcance da ciência médica foi realizado e que agora é o momento de estabelecer as mínimas condições de qualidade de vida, conforto amenizando o sofrimento da dor que a doença traz.
É possível realizar um posicionamento uma escolha, diante de uma situação que aparentemente demonstra inatingível e impossível?
A todo momento estamos constantemente realizando escolhas, até mesmo no fato de não escolher nada estamos escolhendo permanecer sem escolhas.
Em cuidados paliativos escolher ficar não é de maneira nenhuma fingir que está tudo bem, é perceber que enquanto existir respiração existe vida, é ficar pela vida aqui e agora, fazer a opção pela vida não é possuir uma vida perfeita é viver a vida como ela é, aceitar a vida que se apresenta a nós naquele momento.
Pode ser que lendo esse texto, pareça fácil, porém não é, diante disso é preciso iniciar pela decisão de viver o agora, a vida como ela se apresenta, estabelecer um ideal, um sentido que traz a verdadeira felicidade e realização que se encontra na intensidade independentemente da duração.