Editorial: Cidade Colapsando em Ano de Eleição Municipal

A crítica aqui não visa apenas apontar falhas, mas também chamar à ação. Em uma democracia, o poder do voto é a nossa voz mais forte. Que a situação atual em Caieiras sirva como um lembrete crítico dessa verdade, incentivando um diálogo mais amplo sobre responsabilidade e competência administrativa em tempos de crise.
Publicado em Opinião dia 3/05/2024 por Alan Corrêa

Por Bia Ludymila (MTB 0081969/SP).

Em tempos de crise sanitária, esperamos que nossos líderes atuem com diligência, presteza e um inabalável compromisso com a segurança de seus cidadãos. Infelizmente, em muitas cidades, incluindo Caieiras, o que se vê é uma gestão que parece descompassada com a urgência das necessidades públicas.

A crise atual, marcada por epidemias e ondas de calor exaustivas, não é apenas um teste para a infraestrutura de saúde pública; é um espelho refletindo a competência, ou a falta dela, de nossos administradores. Em Caieiras, os relatos de falta de ação por parte da prefeitura não são apenas decepcionantes, são alarmantes. O calor exaustivo, que deveria acelerar ações preventivas e emergenciais, parece ter paralisado ainda mais os passos dos que estão no poder.

As epidemias requerem uma resposta rápida e eficaz, estratégias de comunicação claras e um planejamento que antecipe cenários críticos. No entanto, a realidade que observamos é marcada por promessas não cumpridas e ações tardias. O que falta não é apenas a capacidade de agir, mas uma visível falta de vontade política para fazer o necessário e o correto.

A responsabilidade de proteger a população não é apenas um dever ético; é a base sobre a qual se constrói a confiança pública. Quando os cidadãos percebem que seus líderes falham repetidamente em atender a esse dever básico, a estrutura de confiança se erode. Em Caieiras, essa erosão não é uma possibilidade; é uma realidade palpável.

Diante deste cenário, é essencial que reavaliemos nossas expectativas e exigências como eleitores e cidadãos. A passividade diante da ineficácia pode ser tão prejudicial quanto a incompetência da gestão. É imperativo demandar mais, esperar mais e, acima de tudo, votar com a consciência de que a saúde pública e a segurança são direitos, não privilégios.

A crítica aqui não visa apenas apontar falhas, mas também chamar à ação. Em uma democracia, o poder do voto é a nossa voz mais forte. Que a situação atual em Caieiras sirva como um lembrete crítico dessa verdade, incentivando um diálogo mais amplo sobre responsabilidade e competência administrativa em tempos de crise.