Drones reforçam fiscalização para garantir eleições limpas e seguras no Brasil.
Polícia Federal emprega drones para monitorar irregularidades eleitorais, como compra de votos e transporte ilegal, garantindo maior transparência no pleito de 2024.
Nas eleições municipais de 2024, que acontecem no próximo domingo, dia 6 de outubro, a Polícia Federal vai intensificar a fiscalização em todo o Brasil com o uso de 95 drones. Equipados com câmeras de alta definição, esses drones serão usados para monitorar crimes eleitorais, como compra de votos, boca de urna e transporte irregular de eleitores. A ação segue o modelo da Operação Eleições Limpas, em parceria com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que visa garantir maior transparência no processo eleitoral. Este reforço na vigilância está voltado especialmente para regiões com histórico de irregularidades, assegurando que os brasileiros possam exercer seu direito ao voto com segurança e integridade.
No contexto eleitoral brasileiro, o uso de tecnologias para garantir a lisura do processo tem ganhado destaque. Em 2024, a Polícia Federal (PF) vai utilizar drones como ferramenta essencial para coibir práticas ilícitas durante o primeiro turno das eleições municipais. O objetivo central é evitar a prática de crimes eleitorais, como a compra de votos e a boca de urna, práticas que podem distorcer os resultados e impactar negativamente a democracia.
Esses 95 drones serão distribuídos estrategicamente em zonas eleitorais de todo o país, com prioridade para regiões onde há registros de infrações em eleições anteriores. As câmeras de alta definição, que fazem parte do equipamento, permitem que a fiscalização seja feita a grandes distâncias, cobrindo uma área ampla e, ao mesmo tempo, captando imagens nítidas e detalhadas. Esse tipo de vigilância preventiva não é uma novidade; a PF já utilizou drones em pleitos anteriores, com resultados positivos na redução de ocorrências.
A atuação desses drones estará focada em flagrantes de compra de votos, uma das práticas mais recorrentes e prejudiciais ao processo eleitoral. A compra de votos é, historicamente, uma das maiores preocupações em regiões com altos índices de vulnerabilidade social. Ao monitorar áreas específicas, os drones poderão registrar qualquer movimentação suspeita, facilitando a ação imediata das autoridades e a devida apuração dos fatos.
Além da compra de votos, os drones também serão utilizados para fiscalizar a chamada boca de urna, que ocorre quando candidatos ou seus apoiadores fazem propaganda no dia das eleições, algo que é proibido pela legislação. A boca de urna, embora menos grave que a compra de votos, interfere diretamente no livre arbítrio dos eleitores, e a fiscalização com drones visa coibir essa prática.
O uso de drones reflete a crescente necessidade de tornar as eleições cada vez mais transparentes e seguras. A inovação tecnológica permite uma fiscalização mais ágil e eficiente, especialmente em locais de difícil acesso ou com baixa presença de fiscais de forma presencial. Com o apoio da tecnologia, espera-se uma diminuição das ocorrências de crimes eleitorais, garantindo que o resultado das urnas reflita, de fato, a vontade popular.
Essa ação também reforça o compromisso do Estado brasileiro com a democracia e a justiça eleitoral. Ao inibir práticas ilícitas, a operação busca garantir que os eleitores possam votar com segurança e que seu voto seja respeitado. Essa fiscalização mais intensa pode, inclusive, aumentar a confiança do eleitor no processo, visto que a presença dos drones simboliza uma vigilância constante e imparcial.
A Operação Eleições Limpas, que teve seu início em 2020, continua a evoluir com o uso de novas tecnologias. Desde então, o trabalho conjunto entre a Polícia Federal e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) tem resultado em ações coordenadas para prevenir e combater crimes eleitorais.
Outra medida preventiva que complementa a atuação dos drones é a campanha de conscientização promovida pela Justiça Eleitoral. O eleitorado é orientado a denunciar qualquer tentativa de compra de votos ou outras irregularidades, sendo possível fazer isso através de aplicativos e telefones específicos disponibilizados pelo TSE.
O sucesso da operação não depende apenas da vigilância por drones, mas também da participação ativa da sociedade civil e da colaboração entre as diferentes esferas de fiscalização eleitoral.
O uso de drones pela Polícia Federal nas eleições de 2024 mostra como a tecnologia pode ser uma aliada essencial no combate a crimes eleitorais e na garantia de um processo eleitoral mais transparente e seguro. A parceria entre a PF e o TSE continua a se fortalecer, assegurando que os brasileiros possam confiar no sistema eleitoral. Além de inibir a compra de votos e a boca de urna, a presença dos drones nas zonas eleitorais oferece uma camada adicional de segurança para que todos possam votar com liberdade e sem pressão.
Ao fim do pleito, a expectativa é que os drones contribuam para reduzir as ocorrências de irregularidades, reforçando o papel da Justiça Eleitoral em manter a integridade do processo. Com a população mais consciente de seus direitos e deveres, a democracia brasileira dá mais um passo em direção à maturidade e ao fortalecimento das instituições.
*Fonte: CNN.