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Como Declarar-se Doador de Órgãos na Nova Carteira de Identidade

Nova Carteira de Identidade permite se declarar doador de órgãos. Processo digital para autorização de doação de órgãos no site oficial. Critérios de compatibilidade e gravidade para a fila de transplantes. Órgãos que podem ser doados e tempos de isquemia fria para transplantes.
Publicado em Brasil dia 10/06/2024 por Alan Corrêa

No Brasil, a doação de órgãos é um ato que depende da decisão da família. Por isso, é importante que, em vida, a pessoa faça os familiares cientes de sua vontade. Atualmente, existem duas formas de se declarar doador de órgãos: através da nova Carteira de Identidade e pela autorização eletrônica.

Com a nova Carteira de Identidade, é possível se identificar como doador de órgãos. Para isso, a pessoa deve informar, na hora de fazer o novo documento, que deseja a inclusão desse dado. Assim, a equipe médica poderá consultar a identidade e saber do desejo de doação, informando a família antes da decisão. O documento também vai conter o tipo sanguíneo e fator RH.

Desde abril deste ano, quem quer ser doador de órgãos pode manifestar e formalizar a vontade por meio de um documento oficial, feito digitalmente, reconhecido em cartório. O processo é completamente digital, através do site oficial. Basta acessar o formulário, preencher e enviar. Após isso, o documento é enviado a um cartório, que vai acionar o doador para confirmar os dados em uma chamada de vídeo. A declaração não tem custo.

A compatibilidade imunológica e a gravidade do estado de saúde são critérios determinantes para a prioridade na fila de transplantes. Cada órgão tem seu próprio critério de alocação. No caso do rim, por exemplo, o critério é a compatibilidade imunológica. No fígado, o critério é a gravidade do paciente.

No Brasil, quase todos os transplantes são feitos pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Quem precisa de um órgão é cadastrado em uma lista nacional de espera, que é separada de acordo com o estado e a região onde a pessoa está. Fatores como localização, compatibilidade e gravidade são considerados na ordem de prioridade.

Os órgãos que podem ser doados incluem coração, fígado, intestino, pâncreas, pulmão, rim, córnea e medula óssea. Cada órgão tem um tempo máximo diferente para ser retirado e doado a um receptor, chamado de tempo de isquemia fria. Para coração e pulmão, por exemplo, o prazo é de 6 a 8 horas. Para o fígado, até 12 horas. Para o rim, 24 horas.

A doação de órgãos no Brasil é um processo essencial para salvar vidas e depende da conscientização e decisão da população. A nova Carteira de Identidade e a autorização eletrônica são formas importantes de formalizar essa vontade e ajudar a reduzir a fila de espera por transplantes.

Perguntas e Respostas sobre Doação de Órgãos

*Com informações da AgênciaBrasil e G1.