No Brasil, a doação de órgãos é um ato que depende da decisão da família. Por isso, é importante que, em vida, a pessoa faça os familiares cientes de sua vontade. Atualmente, existem duas formas de se declarar doador de órgãos: através da nova Carteira de Identidade e pela autorização eletrônica.
Com a nova Carteira de Identidade, é possível se identificar como doador de órgãos. Para isso, a pessoa deve informar, na hora de fazer o novo documento, que deseja a inclusão desse dado. Assim, a equipe médica poderá consultar a identidade e saber do desejo de doação, informando a família antes da decisão. O documento também vai conter o tipo sanguíneo e fator RH.
Desde abril deste ano, quem quer ser doador de órgãos pode manifestar e formalizar a vontade por meio de um documento oficial, feito digitalmente, reconhecido em cartório. O processo é completamente digital, através do site oficial. Basta acessar o formulário, preencher e enviar. Após isso, o documento é enviado a um cartório, que vai acionar o doador para confirmar os dados em uma chamada de vídeo. A declaração não tem custo.
A compatibilidade imunológica e a gravidade do estado de saúde são critérios determinantes para a prioridade na fila de transplantes. Cada órgão tem seu próprio critério de alocação. No caso do rim, por exemplo, o critério é a compatibilidade imunológica. No fígado, o critério é a gravidade do paciente.
No Brasil, quase todos os transplantes são feitos pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Quem precisa de um órgão é cadastrado em uma lista nacional de espera, que é separada de acordo com o estado e a região onde a pessoa está. Fatores como localização, compatibilidade e gravidade são considerados na ordem de prioridade.
Os órgãos que podem ser doados incluem coração, fígado, intestino, pâncreas, pulmão, rim, córnea e medula óssea. Cada órgão tem um tempo máximo diferente para ser retirado e doado a um receptor, chamado de tempo de isquemia fria. Para coração e pulmão, por exemplo, o prazo é de 6 a 8 horas. Para o fígado, até 12 horas. Para o rim, 24 horas.
A doação de órgãos no Brasil é um processo essencial para salvar vidas e depende da conscientização e decisão da população. A nova Carteira de Identidade e a autorização eletrônica são formas importantes de formalizar essa vontade e ajudar a reduzir a fila de espera por transplantes.
*Com informações da AgênciaBrasil e G1.