Internacional

Comandantes militares da Rússia e dos EUA dialogam em meio a tensões sobre a Ucrânia

Em 27 de novembro de 2024, os comandantes militares da Rússia e dos EUA, Valeri Guerasimov e Charles Brown, realizaram sua primeira conversa desde outubro de 2023. Eles abordaram questões de segurança global e regional, destacando o conflito na Ucrânia e manobras militares russas no Mediterrâneo.
Publicado em Internacional dia 5/12/2024 por Alan Corrêa

Em 27 de novembro de 2024, os chefes do Estado-Maior da Rússia e dos Estados Unidos, Valeri Guerasimov e Charles Brown, respectivamente, mantiveram uma conversa telefônica para discutir questões de segurança global e regional, com ênfase no conflito em andamento na Ucrânia. Este foi o primeiro contato entre os dois desde que o general Brown assumiu o cargo em outubro de 2023.

Durante a ligação, Guerasimov notificou Brown sobre exercícios militares russos no leste do Mediterrâneo, que envolveram mais de mil soldados e o lançamento de mísseis, incluindo o hipersônico Zirkon. Essas manobras ocorreram enquanto a Síria, aliada da Rússia, enfrentava perdas territoriais para uma coalizão de rebeldes liderados por islamistas radicais.

Além disso, os comandantes discutiram o lançamento, em 21 de novembro, de um míssil balístico hipersônico experimental pela Rússia contra uma fábrica militar ucraniana, armamento com capacidade nuclear. Também abordaram o envio de milhares de soldados norte-coreanos para apoiar as forças russas contra o exército ucraniano.

Este diálogo ocorre em um contexto de crescente tensão entre Moscou e o Ocidente devido à situação na Ucrânia. A comunicação direta entre os líderes militares das duas potências é vista como um esforço para evitar mal-entendidos e gerenciar riscos associados ao conflito em curso.

A troca de informações sobre exercícios militares e desenvolvimentos estratégicos é fundamental para manter a transparência e reduzir a possibilidade de escaladas inadvertidas. Observadores internacionais destacam a importância de tais diálogos para a estabilidade regional e global.

A continuidade dessas conversas pode ser um passo positivo na busca por soluções diplomáticas para as questões de segurança que afetam não apenas a Europa Oriental, mas também a dinâmica geopolítica mundial.

Fonte: CartaCapital e TribunaDoSertao.