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COLISÃO NO CÉU: Aviões da Esquadrilha da Fumaça batem em voo e um cai no interior de SP

O céu do interior paulista foi cenário de um acidente envolvendo a Esquadrilha da Fumaça nesta quarta-feira (30), quando dois aviões A-29 Super Tucano colidiram durante treinamento. Um deles caiu em área isolada, mas o piloto conseguiu se ejetar a tempo. O outro pousou em segurança. A FAB isolou o local e o Cenipa iniciou a investigação. O episódio reacende discussões sobre segurança nos voos de demonstração da Força Aérea.
Publicado em Notícias dia 30/07/2025 por Alan Corrêa

Dois aviões da Esquadrilha da Fumaça colidiram no ar por volta das 10h30 desta quarta-feira (30) durante uma rotina de treinamento no interior de São Paulo. O incidente envolveu aeronaves modelo A-29 Super Tucano e ocorreu entre os municípios de Descalvado e Porto Ferreira, em uma área rural isolada usada pela Força Aérea Brasileira (FAB) para exercícios. Um dos aviões caiu logo após o impacto, mas o piloto conseguiu se ejetar com sucesso e passa bem.

Pontos Principais:

  • Dois aviões A-29 da Esquadrilha da Fumaça colidiram no ar durante voo de treinamento.
  • Uma das aeronaves caiu entre Descalvado e Porto Ferreira; piloto se ejetou com sucesso.
  • FAB confirmou que o militar está sob avaliação médica e passa bem.
  • O Cenipa iniciou investigação para apurar as causas do acidente.
  • Aeronaves do modelo A-29 são utilizadas desde 2013 pela Esquadrilha para acrobacias.

A FAB confirmou que o militar foi resgatado consciente e está sob avaliação médica, em conformidade com os protocolos padrões da Aeronáutica para esse tipo de acidente. O outro avião envolvido na colisão conseguiu pousar em segurança, evitando maiores danos. O local da queda foi imediatamente isolado por equipes do Corpo de Bombeiros de Porto Ferreira, que foram acionadas assim que o acidente foi comunicado.

A investigação sobre as causas do acidente já está em andamento. O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) enviou especialistas para o local com o objetivo de coletar dados, preservar vestígios e iniciar os procedimentos técnicos que permitam compreender o que provocou a colisão em voo. Até o momento, não há informações conclusivas sobre falha técnica, erro humano ou qualquer outro fator determinante.

As aeronaves A-29 Super Tucano estão em operação na Esquadrilha da Fumaça desde 2013, substituindo o veterano T-27 Tucano após mais de três décadas de serviço. O A-29, fabricado pela Embraer, é um avião turboélice com alta performance, utilizado tanto em treinamentos quanto em missões de patrulhamento. Seu desempenho ágil e capacidade de realizar manobras complexas o tornam ideal para as apresentações acrobáticas do Esquadrão.

O impacto da notícia repercutiu rapidamente entre entusiastas da aviação e nas redes sociais, onde imagens e dados do voo foram compartilhados por plataformas como o FlightRadar. A comunidade aeronáutica acompanha com atenção o caso, dada a tradição e importância simbólica da Esquadrilha da Fumaça para a identidade da FAB e para o imaginário popular brasileiro.

A Esquadrilha da Fumaça, oficialmente Esquadrão de Demonstração Aérea, é uma unidade da FAB reconhecida desde 1963. Sua origem remonta aos anos 1950, quando instrutores da academia de aeronáutica passaram a treinar manobras em grupo nas horas vagas. A primeira apresentação pública ocorreu em 1952, e desde então o esquadrão é referência internacional em acrobacias aéreas.

Com capacidade de atingir até 690 km/h, o A-29 conta com tecnologias de ponta, incluindo assentos ejetáveis que salvaram a vida do piloto envolvido no acidente desta quarta. A aeronave também é usada para formação de pilotos de caça e é exportada para diversos países. Seu uso pela Esquadrilha reforça o compromisso da FAB com a excelência operacional.

O Cenipa, responsável por apurar acidentes aeronáuticos no Brasil, manterá sigilo sobre os detalhes da investigação até que haja informações concretas. O processo costuma incluir análise de áudio, dados de voo, condições meteorológicas e manutenção das aeronaves. Especialistas envolvidos na apuração buscam entender as dinâmicas da colisão em um contexto altamente controlado como o de treinamentos militares.

Este episódio levanta novamente a necessidade de constante aprimoramento na segurança operacional, especialmente em atividades de alto risco como os voos de demonstração. A FAB, por sua vez, reforça seu protocolo de resposta rápida, comunicação institucional e acompanhamento médico para os militares envolvidos.

Fonte: CNN e G1