O estabelecimento do Centro Integrado de Combate à Desinformação e Defesa da Democracia (Ciedde) pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) é uma iniciativa significativa para lidar com os desafios cada vez mais complexos associados à disseminação de desinformação e discursos de ódio durante os processos eleitorais.
Sob a liderança do presidente do TSE, o Ciedde promoverá cooperação entre a Justiça Eleitoral e entidades públicas e privadas, incluindo redes sociais, para garantir regras eleitorais.
Aqui estão alguns pontos-chave sobre o Ciedde e sua função:
- Objetivo principal: O Ciedde tem como objetivo principal combater discursos de ódio, discriminação e desinformação durante o período eleitoral, promovendo a integridade do processo democrático.
- Estrutura e liderança: O Centro será liderado pelo presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes, e contará com sete membros adicionais da Corte Eleitoral.
- Cooperação: O Ciedde buscará promover a cooperação entre a Justiça Eleitoral, órgãos públicos e entidades privadas, incluindo plataformas de redes sociais e serviços de mensageria privada, para garantir o cumprimento das regras estabelecidas pelo TSE para a propaganda eleitoral.
- Fiscalização de ferramentas digitais: Uma das atribuições importantes do Centro será auxiliar os Tribunais Regionais Eleitorais na fiscalização do uso regular de ferramentas de inteligência artificial pelas campanhas eleitorais, incluindo a identificação e combate aos deepfakes.
- Atuação preventiva e corretiva: O Ciedde atuará de forma preventiva e corretiva, agilizando a comunicação entre órgãos e plataformas de redes sociais para remover publicações maliciosas de acordo com as regras estabelecidas pelo TSE.
- Educação e sensibilização: Além das medidas reativas, o Centro coordenará a realização de cursos, seminários e estudos para promover a educação em cidadania, democracia, direitos digitais e combate à desinformação eleitoral.
- Parcerias: Serão convidados a participar do Centro diversos órgãos, incluindo a Procuradoria-Geral da República, o Ministério da Justiça e Segurança Pública, o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil e a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), visando fortalecer a cooperação interinstitucional no combate à desinformação.
Essa iniciativa reflete o reconhecimento da importância de enfrentar os desafios decorrentes da desinformação e dos discursos de ódio no contexto eleitoral e destaca a necessidade de uma abordagem coordenada e multidisciplinar para lidar com essas questões.
*Com informações da AgênciaBrasil. Foto de capa: José Cruz/Agência Brasil.