Lexa anunciou nesta segunda-feira (10) que sua filha, Sofia, faleceu três dias após o parto, ocorrido no dia 2 de fevereiro no Hospital e Maternidade Santa Joana, em São Paulo. A cantora relatou em suas redes sociais que enfrentou complicações graves de saúde durante a gestação, resultando em um quadro de pré-eclâmpsia precoce. O bebê, fruto do relacionamento com o ator Ricardo Vianna, nasceu prematuramente após 25 semanas e 4 dias de gestação.
A artista compartilhou que passou 17 dias internada, enfrentando diversas dificuldades médicas. Segundo Lexa, sua condição exigiu uso de medicações como Clexane e procedimentos intensivos, incluindo coleta de mais de 100 tubos de sangue durante sua internação em uma unidade semi-intensiva. A cantora afirmou que, apesar dos cuidados médicos, sua filha não resistiu às complicações e faleceu no dia 5 de fevereiro.
Em sua publicação, Lexa detalhou os momentos finais da gestação e os sentimentos que vivenciou. Afirmou que seguiu todas as recomendações médicas, incluindo o uso de AAS e cálcio durante toda a gravidez, e realizou um pré-natal adequado. No entanto, a condição de saúde se agravou rapidamente, comprometendo seus órgãos e afetando o fluxo sanguíneo para o bebê. Lexa agradeceu o apoio de Ricardo Vianna, familiares, médicos e amigos neste momento.
A pré-eclâmpsia é uma condição específica da gestação que geralmente surge após a 20ª semana, caracterizada pelo aumento da pressão arterial e possíveis danos a órgãos como fígado e rins. Em alguns casos, pode causar restrição do crescimento fetal e comprometer a oxigenação do bebê, aumentando o risco de complicações graves para mãe e filho.
Os sintomas da pré-eclâmpsia incluem inchaço na face e mãos, aumento rápido de peso, dores de cabeça intensas, dor abdominal no lado direito, alterações visuais e dificuldades respiratórias. A condição pode evoluir para a síndrome de HELLP, que afeta a função hepática e a coagulação do sangue, tornando o quadro mais grave e exigindo cuidados médicos urgentes.
O único tratamento definitivo para a pré-eclâmpsia é o parto, mas, quando ocorre precocemente, como no caso de Lexa, os médicos precisam avaliar o risco-benefício para decidir o momento adequado para a interrupção da gestação. O controle da pressão arterial e a observação de sinais de agravamento são essenciais para minimizar os riscos tanto para a mãe quanto para o bebê.
Antes do falecimento de Sofia, Lexa já havia anunciado o adiamento de todos os seus compromissos profissionais devido às complicações da gravidez. A equipe da cantora divulgou uma nota oficial informando que a decisão foi tomada para priorizar a saúde dela e da filha, destacando a importância dos cuidados médicos no período.
Como parte dessa decisão, Lexa também anunciou que não participaria do Carnaval 2025 como rainha de bateria da Unidos da Tijuca. A escola de samba respeitou a escolha da cantora e informou que não nomeará outra rainha de bateria neste ano, prestando homenagem à artista e demonstrando solidariedade neste momento difícil.
Além do Carnaval, a cantora também suspendeu apresentações e compromissos relacionados a sua carreira musical. Lexa agradeceu o apoio de fãs e colegas do meio artístico, afirmando que está buscando forças para retomar sua vida após a perda da filha.
A notícia da morte de Sofia gerou grande repercussão nas redes sociais, onde artistas, fãs e seguidores de Lexa expressaram solidariedade à cantora e sua família. Mensagens de apoio foram publicadas por diversos colegas do meio musical, que destacaram a força da artista e ofereceram palavras de conforto.
A Unidos da Tijuca, escola de samba da qual Lexa faria parte no Carnaval 2025, também prestou homenagem à cantora, reforçando que não substituirá a rainha de bateria neste ano. A decisão foi elogiada por torcedores da agremiação e fãs da artista, que reconheceram o gesto de apoio.
Lexa encerrou sua publicação afirmando que seguirá buscando um novo rumo em sua vida e que espera honrar a memória da filha. A cantora agradeceu as orações e mensagens de carinho recebidas, destacando a importância desse apoio neste momento.
A síndrome de HELLP é uma complicação grave da pré-eclâmpsia caracterizada por três principais alterações: destruição das células vermelhas do sangue, aumento das enzimas hepáticas e redução das plaquetas. A condição pode surgir de forma súbita e agravar rapidamente o quadro de saúde da gestante.
Os principais sintomas incluem dores abdominais intensas, náusea, vômito, fadiga extrema e pressão arterial elevada. Em alguns casos, a síndrome pode causar sangramentos devido à redução das plaquetas, além de insuficiência renal e outras disfunções orgânicas.
O tratamento para a síndrome de HELLP exige monitoramento hospitalar rigoroso e, na maioria dos casos, a antecipação do parto para preservar a vida da mãe. Quando diagnosticada precocemente, o controle dos sintomas pode minimizar os riscos, mas casos graves podem resultar em complicações severas, como aconteceu com Lexa.
A detecção precoce da pré-eclâmpsia é essencial para reduzir complicações, permitindo que os médicos adotem medidas preventivas e monitorem de perto a saúde da gestante e do bebê.
O quadro de Lexa exigiu monitoramento intensivo, pois sua saúde estava em risco devido à rápida progressão da pré-eclâmpsia. A equipe médica optou pela internação prolongada para acompanhar os sinais vitais da cantora e de Sofia, buscando garantir um nascimento com as melhores condições possíveis.
Mesmo com os esforços da equipe médica, a condição de saúde da cantora se deteriorou, comprometendo órgãos vitais como fígado e rins. A decisão de antecipar o parto foi tomada para preservar a vida da mãe, pois a permanência da gravidez poderia ter consequências ainda mais graves.
A bebê nasceu prematura e foi encaminhada para a UTI neonatal, mas, devido às complicações da prematuridade extrema, não resistiu. A cantora relatou que segurou Sofia em seus braços nos últimos momentos de vida, destacando que sempre lembrará da filha como seu milagre.
O caso de Lexa chama a atenção para os riscos da pré-eclâmpsia precoce, uma condição que pode evoluir rapidamente e colocar em risco a vida da mãe e do bebê. Mesmo com acompanhamento médico adequado, a gravidade da doença pode tornar o prognóstico desafiador.
A decisão da cantora de compartilhar sua experiência nas redes sociais gerou grande comoção e ajudou a conscientizar sobre a importância do diagnóstico precoce da pré-eclâmpsia. O apoio recebido por Lexa reflete a solidariedade de fãs e colegas do meio artístico, que demonstraram respeito ao seu luto.
Lexa afirmou que seguirá buscando forças para superar esse momento e que mantém a esperança de um reencontro com sua filha no futuro. O relato emocionado da cantora reforça a necessidade de atenção às complicações obstétricas e ao suporte emocional para famílias que enfrentam perdas gestacionais.
Fonte: G1.