Caminhões e ônibus com mais de 20 anos não serão proibidos de rodar – não caia em fakenews

Governo Federal esclarece: Caminhões e ônibus com mais de 20 anos não serão proibidos de rodar – Fique atento às fake news

Uma notícia falsa sobre a proibição de circulação de caminhões e ônibus com mais de 20 anos levou o Governo Federal a emitir uma nota explicativa desmentindo o boato. O alcance da fake news foi tão grande que o governo se viu obrigado a esclarecer oficialmente a situação.

De onde surgiu a notícia falsa sobre caminhões e ônibus com mais de 20 anos? Segundo o comunicado do governo, “um erro de interpretação da Medida Provisória 1.175/2023, publicada em 5 de junho, que anuncia o programa de redução de preço dos automóveis e incentiva a renovação da frota de caminhões e ônibus, tem levado a um entendimento equivocado de que a medida assinada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva obrigaria caminhões e ônibus com mais de 20 anos a deixarem de circular. Isso não é verdade.”

A nota continua explicando:

“A proposta é substituir os veículos antigos por modelos mais modernos, que emitem até 98% menos poluentes na atmosfera. De acordo com o texto da MP 1.175/2023, os interessados devem primeiro entregar para reciclagem o caminhão ou ônibus licenciado com mais de 20 anos de uso.

Dessa forma, o proprietário poderá receber um certificado que lhe dará o direito de adquirir um veículo, na mesma categoria, com desconto estabelecido no programa, que varia de R$ 33,6 mil a R$ 99,4 mil. Os modelos leves, semileves, médios, semipesados, pesados, ônibus urbanos e rodoviários podem ser adquiridos.”

Para aqueles que já entenderam o objetivo da lei, a confusão fica clara: trocaram a possibilidade de obter uma carta de crédito por veículos com mais de 20 anos pela obrigação de retirar esses veículos de circulação. Assim, muitos entenderam erroneamente que caminhões e ônibus com mais de 20 anos seriam proibidos.

Como evitar cair em fake news?

O primeiro ponto a se observar é a linguagem utilizada na notícia. Se estiver repleta de erros gramaticais, provavelmente não é proveniente de uma fonte confiável. Além disso, se a notícia circula apenas em redes sociais e nenhum veículo de confiança a publicou, é preciso desconfiar. Se parecer bom ou ruim demais para ser verdade, provavelmente não é verdade. E se houver um apelo urgente, como “compartilhe antes que seja removido”, há uma grande chance de ser falso.

No entanto, o mais importante é usar o bom senso. Ou seja, é necessário questionar: a notícia faz sentido? Quem se beneficia se for verdade? Quem se beneficia se for mentira? Por mais que se queira que algo seja verdade, é fundamental analisar objetivamente se é realmente o caso.