O Atto 8 desembarca em 2026 como aquele SUV que parece ter sido projetado por alguém cansado da caretice dos utilitários grandes. Ele chega sem pedir licença, empurrando o Tan para o banco de trás e abrindo espaço com dimensões que funcionam de verdade no caos urbano brasileiro. Não é um carro para quem quer apenas se locomover, é para quem precisa transportar vida, rotina, família, bagagem e ainda lidar com um país onde cada quilômetro cobra seu preço.
O interior do Atto 8 fecha a porta na conversa mole sobre espaço. Com 5,04 metros de comprimento, 2,95 metros de entre eixos e porta malas de até 960 litros, ele resolve o drama de famílias grandes e mostra como as montadoras tradicionais seguiram empurrando SUVs médios como se fossem suficientes. Aqui, não é. Ele ocupa um território que há anos vinha sendo deixado de lado no Brasil.
A versão plug in é o contraponto perfeito para quem ainda não tem uma tomada na garagem ou paciência para fila de recarga na estrada. O motor 1.5 turbo somado a dois elétricos entrega 544 cv, empurra o SUV aos 100 km/h em 4,3 segundos e ainda roda com consumo civilizado. A bateria LFP de 35,62 kWh e recarga DC de até 71 kW mostram que a BYD entende o tipo de caos que o motorista brasileiro enfrenta.
A parte elétrica do Atto 8 não está interessada em moderação. A versão de motor único entrega 788 cv, a de dois motores com tração integral chega a 1.101 cv e acelera em 3,5 segundos. Pode soar exagerado, mas é exatamente o ponto: é potência absurda num SUV de sete lugares. A bateria LFP de 100,5 kWh e autonomia entre 560 km e 670 km posicionam o modelo num nível que nenhum concorrente grande nacional sequer arranha.
O Atto 8 não é mais um elétrico jogado em vitrine com promessa bonita e uso frágil. Ele foi desenhado para o tipo de rotina brasileira que mistura buraco, engarrafamento, viagem longa, criança no banco traseiro e preços de combustível variando como humor. As versões híbridas ajudam quem não confia na infraestrutura, as elétricas agradam quem já está pronto para abandonar o posto de gasolina. Simples assim.
A chegada do Atto 8 marca a BYD entrando na disputa dos SUVs grandes com a agressividade de quem sabe que o espaço estava esperando por alguém assim. Ele não tenta ser luxo, tenta ser útil com brutalidade técnica. Ao combinar espaço real, autonomia alta e desempenho insano, ele revela o próximo passo da eletrificação no Brasil, aquele em que eficiência e versatilidade deixam de ser argumento e viram obrigação.
Fonte: GuiaDeUsados, UOL e Carro.Blog.Br.