O Brasil está enfrentando um aumento alarmante nos casos de dengue e chikungunya, com as autoridades de saúde e instituições de pesquisa intensificando esforços para combater essas doenças transmitidas pelo mosquito Aedes Aegypti.
Nas primeiras semanas de 2024, o país registrou 243.721 casos prováveis de dengue, marcando uma incidência de 120 casos para cada 100.000 habitantes. Até o momento, 24 mortes foram confirmadas, com outras 163 ainda sob investigação. Comparativamente, os números mostram um aumento significativo em relação ao balanço anterior, que registrava 217.841 casos e 15 mortes confirmadas.
Além da dengue, o Brasil também está lidando com a chikungunya, com 14.958 casos prováveis registrados e 3 mortes confirmadas, além de 12 casos ainda em investigação. A incidência da doença é de 7,4 casos para cada grupo de 100 mil habitantes.
Em resposta ao surto, a Ministra da Saúde, Nísia Trindade, anunciou a criação de um Centro de Operações de Emergência para controlar a epidemia de dengue. Durante uma reunião na Organização Pan-americana da Saúde (Opas), a ministra pediu uma mobilização nacional, enfatizando a importância da união de esforços para proteger a população.
O Instituto Butantan, maior produtor de vacinas e soros da América Latina, está na fase final dos ensaios clínicos de uma nova vacina contra a dengue, com resultados mostrando 79,6% de eficácia geral. A vacina, que é tetravalente e administrada em dose única, é vista como um grande avanço na prevenção da doença. O instituto planeja solicitar o registro da vacina à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) entre junho e julho deste ano.
Além disso, o Butantan enviou à Anvisa um pedido de registro definitivo para uma vacina contra o chikungunya, desenvolvida em parceria com a farmacêutica franco-austríaca Valneva, que já foi aprovada para uso nos Estados Unidos pela Food and Drug Administration (FDA).
As autoridades de saúde reforçam que a melhor forma de combater a dengue e a chikungunya é impedir a reprodução do mosquito Aedes aegypti, principalmente através da eliminação de seus criadouros em ambientes domésticos. A população é incentivada a adotar medidas de proteção individual, como o uso de repelentes e a instalação de telas em janelas e portas.
A situação atual exige uma ação coordenada entre governos, comunidade científica e população para reduzir o número de casos e prevenir futuros surtos. A conscientização sobre os sintomas e a busca por atendimento médico em caso de suspeita de dengue ou chikungunya são essenciais para um diagnóstico precoce e tratamento adequado.
O Instituto Butantan é um renomado centro de pesquisa biomédica localizado em São Paulo, Brasil. É responsável pela produção de uma significativa parcela das vacinas e soros utilizados no país, contribuindo de forma crucial para a saúde pública nacional e internacional.
Para mais informações e atualizações sobre a dengue e a chikungunya no Brasil, fique atento aos comunicados oficiais do Ministério da Saúde e do Instituto Butantan.
*Com informações de Agência Brasil.