Em editoriais publicados na noite de sexta-feira, 28 de junho de 2024, os jornais “The New York Times”, “The Wall Street Journal” e “Financial Times”, além da revista “The Economist”, expressaram a opinião de que o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, deveria desistir de concorrer à reeleição. Os editoriais levantam dúvidas sobre a capacidade de Biden em vencer o adversário republicano, Donald Trump, nas eleições que ocorrerão em 5 de novembro deste ano.
Nos editoriais, as publicações destacam preocupações sobre ameaças à democracia que um novo mandato de Trump poderia representar. Eles sugerem que Biden pode não ser o candidato ideal para derrotar Trump, apontando o desempenho fraco de Biden no primeiro debate eleitoral realizado na noite de quinta-feira, 27 de junho. Caso reeleito, Biden terminaria seu mandato aos 86 anos.
No editorial, o “The New York Times” argumenta que Biden apareceu no debate como uma sombra do grande servidor público que já foi. A publicação afirma que Biden teve dificuldade para concluir frases e que ele já não é o mesmo de quatro anos atrás, quando derrotou Trump.
O jornal enfatiza a necessidade de um novo candidato democrata que possa enfrentar Trump. De acordo com o “The New York Times”, Biden precisava demonstrar no debate que estava à altura das exigências do cargo, mas seu desempenho deixou evidente que ele não é o homem que era há quatro anos. O jornal sugere que Biden ceda espaço para outro candidato que possa proteger a democracia dos Estados Unidos.
O “The Wall Street Journal” também publicou um editorial defendendo que Biden desista da candidatura. O jornal afirma que Biden claramente não está preparado para mais quatro anos no poder e pede ao Partido Democrata que convença Biden a se retirar da disputa.
A publicação questiona por que pessoas próximas a Biden permitiram que ele concorresse novamente, considerando que muitos, incluindo o próprio jornal, alertaram sobre sua capacidade. O “The Wall Street Journal” acredita que a candidatura de Biden pode ser uma ameaça à democracia, pois poderia facilitar uma vitória de Trump. O jornal menciona que ditadores agem quando percebem fraqueza.
Em um texto intitulado “Joe Biden deverá agora dar lugar a um candidato alternativo”, a revista “The Economist” relembra que já havia pedido a Biden para não se candidatar à reeleição no final de 2022. A revista descreve o desempenho de Biden no debate como instável e incoerente, sugerindo que ele não está preparado para mais quatro anos no cargo.
A “The Economist” argumenta que, se Biden realmente se preocupa com sua missão, seu último e maior serviço público seria abrir espaço para outro candidato democrata. A revista sugere que Biden deve priorizar a proteção da democracia, cedendo lugar a um novo candidato.
O “Financial Times” também publicou um editorial questionando a capacidade de Biden de vencer Trump. O jornal menciona que Biden aparenta estar frágil para completar sua missão de derrotar Trump. Embora a publicação reconheça as conquistas legislativas significativas de Biden, ela sugere que ele está demasiado frágil para uma nova disputa.
O “Financial Times” aponta que debates podem influenciar eleições e que o desempenho de Biden foi uma causa de desespero para o Partido Democrata. O jornal pondera que a mente de Biden ainda está afiada, mas seu desempenho geral no debate levantou preocupações.
A revista “Time” publicou uma reportagem sobre o mau desempenho de Biden no debate, com uma capa intitulada “Pânico”. A ilustração mostra Biden caminhando para fora das margens da publicação, refletindo a ansiedade dentro do Partido Democrata.
O texto da revista afirma que “pânico” não é uma palavra exagerada para descrever o sentimento que percorreu o Partido Democrata durante o debate. A capa ilustra a preocupação com a capacidade de Biden de vencer Trump nas próximas eleições.
Apesar das críticas, Biden deu a entender em um comício na Carolina do Norte que continuará na disputa. Ele afirmou que vencerá as eleições e a coordenadora de sua campanha confirmou que ele não desistirá.
Até a última atualização desta reportagem, a campanha de Biden não havia se pronunciado sobre a série de editoriais pedindo sua desistência da candidatura.
Fonte: G1.