Bancos digitais prometem ser uma revolução, mas pioneirismo e surgimento de novas ideias não garantem o sucesso e a sustentabilidade do negócio, por existir uma grande ideia, ela pode também estar fadada ao fracasso, por mais que ela pareça promissora.
O cenário dos bancos digitais têm mostrado que os pioneiros das ofertas digitais podem não ganhar espaço que figurava nos seus BPs originais. Ultimamente entrou uma enxurrada de concorrentes novos e quebrou todo o padrão das planilhas financeiras, além de possuírem a agilidade e adaptação dos grandes grupos tradicionais.
Cerca de 70 bancos digitais ativos no Brasil, tendo alguns mais sobressaídos, promoveram atendimentos com menos burocracia, mais agilidade, praticidade e comodidade ao cliente.
O objetivo claro dos bancos digitais atualmente, é proporcionar 100% de eficiência, fazendo com que todos os problemas a serem solucionados, abertura de contas, dúvidas e informações possam ser realizadas pelo seu smartphone, sem precisar que necessariamente compareça à uma agência.
Possuindo tecnologias mais baratas como cloud computing, IA, APIs, Mmachine learning entre outras, os bancos digitais ocuparam um grande espaço nessa nova realidade, fazendo com que os incumbentes tentassem entender e planejar algo para reagirem a essa tecnologia.
Apesar disso, ainda não houve uma evolução do padrão bancário tão impactante que impedisse os incumbentes de proporcionar uma reação.
Segundo a pesquisa mais recente da Febraban (Federação Brasileira de Bancos), os gastos desses pequenos bancos com a tecnologia somaram R$ 19,6 bilhões no ano de 2018, correspondente a um crescimento de 3% comparado ao ano anterior.
Totalizando, R$ 10 bilhões foram aplicados para a software, para reforçar o foco no desenvolvimento de novos recursos e funcionalidades.
Não se aparenta muita diferença de preço, oferta e experiência em relação aos bancos nativos digitais, mostrando também que os consumidores ainda apresentam uma reserva em ter uma conta exclusivamente digital, devido aos costumes, hábitos e até a idade, pois pessoas mais idosas, tem dificuldade em incluir-se nessa nova Era.
De acordo com a pesquisa da Cantarino Brasileiro, lançada recentemente no CIAB, apontam que, 20% dos Brasileiros abririam uma conta em um banco digital, segundo aplicações, 3% dos Brasileiros têm conta somente em bancos digitais, 82% em bancos tradicionais e 15% em ambos (tradicional e digital).
Esse feedback deu como a iniciativa de reação dos bancos tradicionais, promovendo mudanças e reajustes em ofertas, serviços, atendimentos, tarifas, entre outros. Isso fez com que eles aumentassem a barreira de entrada dos bancos digitais e impedissem que seus clientes trocassem de banco.
No momento, os bancos grandes têm muito mais a ganhar do que os pequenos têm a perder, a mudança revolucionária desse padrão ainda não aconteceu como aconteceu no transporte, como por exemplo: a implementação do Uber, o fato de poder se locomover por um preço baixo e poder chamar o motorista de onde você estiver, tendo o aplicativo, fez uma mudança revolucionária, evidenciando que parte da população das grandes cidades nunca entraram em um táxi.
No cenário bancário o raciocínio é o mesmo, grande parte da população nunca teve uma conta digital, mas isso não significa que é em um nativo digital.
Todavia, é aparente uma grande mudança nesse cenário, o consumidor está tendo um acesso ilimitado a campanha de marketing de grandes investidores, que mostram possibilidades e eduquem os consumidores através de vídeos e experiências. Isso faz com que o cliente, exija mais do seu banco, sendo ele digital ou tradicional, alimentando a competição com mais desafios no mercado.
A transformação e pesquisas de inovações devem se manter constante em todo âmbito bancário, os pequenos inovadores fizeram e continuam fazendo muito para promover grandes mudanças significativas, isso serve tanto para os bancos digitais quanto para os bancos tradicionais, o espirito de competitividade trará muito impacto e novo desafios no mercado.
Com o andamento do regulatório do open banking no Brasil, a competitividade e inovações propostas de cada um, será posta à prova e questionadas para melhores desempenhos.
A liderança inovadora exige muita resiliência, coisa que os bancos têm de sobra, pois conseguem de reinventar mediante crises e grandes mudanças, a todos os bancos (tendo a maioria como digital), devem se sobressair e trabalhar duro para promover grandes melhorias na vida do consumidor.
*Com informações do Cantarino Brasileiro e Febraban.