Uma postagem do Banco Central nas redes sociais gerou grande repercussão. A publicação, que faz referência ao filme “Divertida Mente 2”, foi interpretada por muitos internautas como uma provocação ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva. No post, a autoridade monetária apresentou uma nova emoção: a “vontade de gastar sem poder”. A legenda do BC destacou a importância de manter as emoções sob controle ao fazer compras, como forma de evitar gastos impulsivos.
O Banco Central sugeriu aos seguidores que, antes de realizar uma compra, perguntem-se se realmente precisam do item, estabeleçam um orçamento e o sigam rigorosamente. O post também redirecionava os usuários para uma página do site do BC com mais dicas sobre como tomar decisões financeiras mais seguras e eficazes.
Em um dia, a publicação já tinha acumulado mais de 24 mil curtidas e quase 1.300 comentários no Instagram. Muitos dos comentários classificaram o meme como uma indireta ao governo Lula. Esse post gerou uma grande discussão, especialmente por ter sido publicado em um momento em que o governo está sob pressão para cortar gastos e equilibrar as contas públicas.
Dados do Tesouro Nacional divulgados recentemente mostraram que as finanças públicas tiveram um déficit de R$ 61 bilhões em maio, sendo o segundo pior resultado para o mês na história. No acumulado do ano, o déficit do governo central já atinge R$ 30 bilhões. Esses números intensificaram o debate sobre a necessidade de cortes de gastos para melhorar a situação fiscal do governo.
Lula, em uma entrevista ao portal UOL, questionou a necessidade de cortes, sugerindo que o problema poderia ser resolvido aumentando a arrecadação. Ele afirmou que é necessário discutir se realmente precisa cortar gastos ou se outras medidas podem ser tomadas.
Internautas também interpretaram a publicação do BC como uma resposta aos ataques recentes do governo ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. Lula chamou Campos Neto de adversário político e ideológico, acusando-o de trabalhar para prejudicar o Brasil.
Apesar da polêmica, o Banco Central frequentemente utiliza suas redes sociais para dar dicas sobre finanças pessoais. A instituição possui uma diretoria específica para educação financeira, comandada por Carolina de Assis Barros, que promove iniciativas de conscientização financeira.