Arte e Cultura invadem Caieiras: encontro revela segredos do acesso e da inclusão cultural

Em 15 de agosto, o Ponto de Cultura Porcoapá, em Caieiras, receberá a formação “Arte e Cultura: Seus Direitos e Acessibilidade”. O encontro, conduzido por Fabia Pierangeli e Elisângela Costa, propõe um diálogo sobre direitos humanos, democratização cultural e estratégias para ampliar o acesso à arte. A atividade integra o projeto Rede Cultura e Comunidade, iniciativa do Instituto Pombas Urbanas com apoio do Ministério da Cultura.
Publicado em Educação dia 11/08/2025 por Alan Corrêa

Na próxima sexta-feira, 15 de agosto, Caieiras se tornará palco de um encontro voltado à reflexão e ao fortalecimento do direito à cultura. Das 18h30 às 21h30, o Ponto de Cultura Porcoapá, localizado na Avenida Dr. Olindo Dartora, 4560, no bairro Morro Grande, receberá a formação “Arte e Cultura: Seus Direitos e Acessibilidade”, uma iniciativa que busca aproximar políticas públicas culturais da comunidade.

Pontos Principais:

  • Formação acontece em 15 de agosto no Ponto de Cultura Porcoapá, em Caieiras.
  • Evento integra o projeto Rede Cultura e Comunidade, do Instituto Pombas Urbanas.
  • Fabia Pierangeli e Elisângela Costa conduzem a atividade com foco em direitos culturais.
  • Debates incluirão acessibilidade, direitos humanos e democratização do acesso à arte.
  • Objetivo é criar estratégias coletivas para ampliar o acesso à cultura.

O evento será conduzido por duas formadoras com trajetórias distintas e complementares. Fabia Pierangeli atua há três décadas com produção e gestão cultural na região da Bacia do Juquery, desenvolvendo projetos de teatro, música, arte-educação e bibliotecas. Sua experiência inclui a gestão de oficinas, workshops, palestras, cursos e mentorias, além da coordenação de iniciativas como a IncubArte, incubadora dedicada ao apoio a coletivos culturais iniciantes.

Ao lado dela estará Elisângela Costa, feminista, poeta e filha de nordestinos, criada em um ciclo matriarcal. Formada como Promotora Legal Popular pelo Instituto Geledés em 2015, graduou-se em Serviço Social pela Universidade Nove de Julho e especializou-se em Direitos Humanos pela Unifesp. Em 2020, fundou o Coletivo Voz Mulher, em Francisco Morato, com foco na valorização da arte e da resistência feminina.

A proposta central do encontro é debater a cultura como direito, destacando sua importância enquanto elemento de cidadania e inclusão social. A acessibilidade será tratada como parte indissociável desse processo, ampliando a compreensão sobre como garantir que diferentes públicos possam usufruir de bens e manifestações culturais de forma equitativa.

A formação integra o projeto Rede Cultura e Comunidade, promovido pelo Instituto Pombas Urbanas, com parceria do Ministério da Cultura e da Secretaria Nacional dos Comitês de Cultura. A iniciativa visa oferecer atividades formativas a artistas, coletivos, organizações culturais e profissionais de áreas correlatas, estimulando práticas que fortaleçam a democratização cultural.

No encontro, o diálogo será a principal ferramenta. Participantes e formadoras poderão trocar experiências e refletir sobre os desafios que ainda limitam o acesso à cultura, especialmente para grupos historicamente marginalizados. A ideia é que, ao fim, surjam estratégias coletivas para transformar esse cenário.

Entre os temas previstos estão os direitos humanos, os direitos culturais, os mecanismos de democratização do acesso e exemplos de ações que têm promovido inclusão cultural em diferentes regiões do país. O caráter comunitário da atividade pretende inspirar ações locais e fortalecer redes de colaboração.

A realização no Ponto de Cultura Porcoapá, espaço já reconhecido por seu papel na promoção artística na região, reforça o compromisso do projeto em levar formação para territórios que respiram arte no dia a dia, mas que ainda enfrentam barreiras estruturais e sociais para ampliá-la.

A presença de formadoras com vivência prática e conhecimento técnico garante ao público não apenas informações, mas também relatos de experiências reais na implementação de políticas culturais e no enfrentamento de desigualdades. Essa combinação de autoridade e proximidade torna o conteúdo acessível e aplicável à realidade de quem participa.

Mais do que um curso ou palestra, o encontro se apresenta como um exercício coletivo de cidadania cultural, unindo teoria, prática e troca de saberes. Um espaço onde a arte é reconhecida não como privilégio, mas como direito, e onde a construção desse direito se dá de forma partilhada.

Onde é?

Contato: @Porcoapa