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Aneel reduz bandeira tarifária de energia para amarela em novembro

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou que a bandeira tarifária de energia será reduzida para amarela em novembro, após dois meses de cobrança na bandeira vermelha. A medida reflete uma melhora nas condições de geração de energia, embora a previsão de chuvas ainda seja abaixo da média.
Publicado em Brasil dia 25/10/2024 por Alan Corrêa

Após dois meses consecutivos de cobrança da bandeira vermelha, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) decidiu reduzir a bandeira tarifária para o nível amarelo em novembro. A partir de agora, será cobrado um adicional de R$ 1,885 para cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos. Essa mudança ocorre após a aplicação da bandeira vermelha patamar 2, que resultava na cobrança de R$ 7,877 por 100 kWh.

A Aneel justificou a decisão com base na melhoria das condições de geração de energia no país, especialmente com o aumento das chuvas. No entanto, a previsão de vazões e chuvas nas regiões de hidrelétricas ainda está abaixo da média histórica, o que continua a exigir o uso de usinas termelétricas, mais caras, para garantir o fornecimento de energia.

A última vez que a bandeira vermelha patamar 2 foi acionada anteriormente foi em agosto de 2021, mostrando a severidade da crise atual. A transição para a bandeira amarela em novembro sinaliza uma melhoria, mas a situação ainda requer atenção, especialmente nas áreas onde a geração de energia continua dependente de fontes alternativas, como as termelétricas a óleo diesel.

As bandeiras tarifárias foram criadas em 2015 e têm o objetivo de informar os consumidores sobre os custos variáveis de geração de energia elétrica. Quando a bandeira verde está em vigor, não há cobranças adicionais. Já as bandeiras amarela e vermelha indicam custos mais elevados, refletindo a necessidade de geração de energia por meios mais caros, como as usinas termelétricas.

Desde abril de 2022, o Brasil teve uma sequência de bandeiras verdes, mas a situação mudou em julho de 2024, quando a bandeira amarela foi acionada novamente. Agosto voltou a ter bandeira verde, mas setembro trouxe a bandeira vermelha patamar 1, e outubro viu o retorno da bandeira vermelha patamar 2 devido às condições climáticas adversas, como ondas de calor e secas.

De acordo com a Aneel, as bandeiras tarifárias permitem que os consumidores tenham mais controle sobre suas contas de energia. A agência incentiva a redução no consumo de eletricidade em períodos de bandeira vermelha, para evitar aumentos significativos no valor final da fatura. A previsão para os próximos meses dependerá do comportamento das chuvas e da geração de energia nas hidrelétricas.

Além disso, a Aneel destacou que, em regiões isoladas do Sistema Interligado Nacional (SIN), principalmente em áreas da região Norte e em Roraima, a geração de energia é predominantemente a partir de termelétricas a óleo diesel, o que também eleva os custos de energia para essas localidades.

O modelo de bandeiras tarifárias é uma ferramenta que contribui para a conscientização dos consumidores sobre os impactos diretos das condições climáticas e de geração de energia no custo da eletricidade, permitindo ajustes no consumo de acordo com a realidade do momento.

Fonte: AgênciaBrasil.