Notícias

9 Estados Implementam Lei Seca nas Eleições para Garantir Segurança

Nove estados brasileiros adotam a proibição da venda de bebidas alcoólicas no dia das eleições municipais para evitar desordens e garantir a ordem pública durante o processo eleitoral.
Publicado em Notícias dia 3/10/2024 por Alan Corrêa

No próximo domingo, durante as eleições municipais, pelo menos nove estados brasileiros implementarão a Lei Seca, proibindo a venda de bebidas alcoólicas.

A medida visa garantir a segurança e evitar possíveis desordens que possam prejudicar o processo eleitoral. Seis desses estados aplicarão a restrição em todo o território, enquanto outros três limitarão a proibição a zonas eleitorais específicas. A adoção da Lei Seca é definida por autoridades locais, como juízes eleitorais e secretarias de Segurança Pública, que avaliam a necessidade com base nas condições de cada região.

A Lei Seca em dias de eleição é uma prática adotada por muitos estados brasileiros para garantir a ordem pública. Em 2024, Acre, Amapá, Pará, Piauí, Maranhão e Alagoas anunciaram que a proibição será válida para todo o estado. Em outras regiões, como Tocantins, Mato Grosso e Goiás, a Lei Seca será aplicada apenas em algumas zonas eleitorais específicas, conforme decisão dos juízes locais.

Essa medida busca reduzir os riscos de desordem que possam comprometer o processo eleitoral. A venda de bebidas alcoólicas é vista como um fator que pode potencializar conflitos e incidentes, especialmente em áreas onde a segurança pública já é um desafio. Por essa razão, a decisão de implementar a Lei Seca muitas vezes cabe às autoridades de segurança de cada estado.

No Acre, por exemplo, os juízes das nove zonas eleitorais foram os responsáveis por expedir as portarias que oficializam a Lei Seca. Já no Pará, a Secretaria de Segurança Pública, em conjunto com a Polícia Civil, definirá as regras de acordo com a realidade de cada município. A decisão busca garantir uma eleição tranquila, livre de distúrbios que possam afetar a votação.

Por outro lado, estados como Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e Santa Catarina optaram por não adotar a Lei Seca durante as eleições deste ano. Esses estados consideram que a proibição não é necessária para manter a ordem durante o pleito. Além disso, a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) tem atuado contra a medida, argumentando que a restrição prejudica o setor de bares e restaurantes e não apresenta evidências de impacto positivo nas eleições.

Em outros estados, como Paraná e Pernambuco, as secretarias de Segurança ainda não emitiram notificações sobre a aplicação da Lei Seca. A decisão, nesses casos, está sendo avaliada, e não há consenso entre as autoridades sobre a necessidade de sua implementação.

A medida levanta debates em várias regiões do país. Enquanto alguns defendem a importância da Lei Seca para manter a ordem, outros, como Abrasel, veem a restrição como uma interferência indevida na economia local. O setor de bares e restaurantes argumenta que a proibição afeta suas receitas, especialmente em períodos de grande movimentação, como o dia das eleições.

A adoção da Lei Seca em dias de eleição é uma estratégia utilizada em muitos estados para prevenir desordens e garantir um processo eleitoral tranquilo. No entanto, a aplicação da medida não é uniforme em todo o Brasil, com alguns estados optando por não adotá-la e outros restringindo a proibição a zonas eleitorais específicas. A discussão sobre a eficácia da Lei Seca continua, com defensores apontando para a segurança e opositores, como o setor de bares e restaurantes, questionando os impactos econômicos.

Fonte: Agencia Brasil.